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A operação cumpriu mandados de prisão temporária, busca e apreensão e bloqueio de contas bancárias e criptomoedas (Foto: Agência Brasil)
Dois hackers foram presos na operação RockYou2023, da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), pela comercialização de dados pessoais de mais de 200 milhões de brasileiros.
A operação cumpriu mandados de prisão temporária, busca e apreensão e bloqueio de contas bancárias e criptomoedas.
Em Ceilândia, no Distrito Federal, e em Rio Verde, Goiás, também cumpriu a derrubada de sites e o takeover de servidores, com a finalidade de desarticular um grupo criminoso.
Segundo a operação, os hackers possuíam dados de mais de 200 milhões de pessoas, incluindo do governador Ibaneis Rocha (MDB), de deputados distritais e federais e de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Entre os dados, estavam números de celular, endereços residenciais, e-mails, fotos, assinaturas digitalizadas, cópias da CNH, faixas etárias, nomes de vizinhos e outras informações.
As informações seriam utilizadas para cometer fraudes eletrônicas, elaboração de dossiês contra autoridades públicas e violação da intimidade dos cidadãos.
Além das informações pessoais, os criminosos também tinham acesso a câmeras de rodovias, possibilitando a leitura de placas dos veículos das vítimas e a localização das suas últimas rotas em rodovias.
Segundo o g1, a maior parte dos dados obtidos pelos hackers vieram de invasões de órgãos públicos.
O que chamou a atenção da Polícia foi a organização: todos os dados estavam separados por idade, classe social e endereço em um site, facilitando a realização de golpes.
O acesso ao site com as informações era vendido por assinaturas de pacotes de sete, 15 ou 30 dias, por R$ 150, R$ 200 e R$ 350, respectivamente. Conforme a Polícia Civil, cerca de 1.453 usuários compraram dados do painel.
As investigações da operação duraram cerca de um ano e, conforme a PCDF, trata-se de um dos maiores vazamentos de dados do Brasil.
Com as acusações de divulgação de segredo, invasão de dispositivo informático, organização criminosa e lavagem de dinheiro, as penas podem passar dos 20 anos de prisão.