
A TI não escapou dos estragos causados pelas chuvas que assolam Santa Catarina há cerca de 60 dias. Os temporais, que já deixaram cerca de 86 mortos e mais de 54.039 desabrigados ou desalojados, não danificaram as estruturas físicas das empresas, mas a falta de energia elétrica e panes nos sistemas de telecomunicação têm prejudicado em muito os negócios.
É o que conta o presidente da Blusoft (Blumenau Pólo Tecnológico de Informática), Jeziel Montanha. “Embora as empresas não registrem danos às estruturas físicas, as centrais telefônicas têm sofrido panes, assim como o fornecimento de energia”, afirma ele. “Além disso, as companhias estão operando com menos funcionários do que o habitual, já que muitos colaboradores estão ilhados ou hospedando parentes que foram desalojados pelo mau tempo”, complementa.
Em Blumenau, as quedas de energia atingiram mais de 50% do município na terça-feira, 25, e na manhã desta quarta, 26, conforme informação da Associação Empresarial de Blumenau (ACIB). A cidade fica no Vale do Itajaí, região mais prejudicada pelas chuvas no estado e que abriga empresas como Senior Sistemas, Benner, Datainfo, Teclógica, WK Sistemas, Mult e Wheb Sistemas.
Um dos principais rios do Vale, o Itajaí Açú, está mais de 12 metros acima do nível normal. Com isso, deslizamentos de terra e destruição de casas, estradas e outras estruturas têm sido constantes.
“Aqui, estamos inclusive sem acesso ao aeroporto. A locomoção está muito difícil”, ressalta Montanha. “As pessoas não conseguem chegar à empresa, portanto estamos trabalhando desde segunda com pouca gente. Outro problema é a falta de água, pois também precisamos para limpeza interna e para os banheiros. Para beber, podemos trazer de casa”, complementa José Roberto Heller, diretor da também blumenauense Hbtec.
A situação é tão grave que oito cidades do estado estão isoladas: São Bonifácio, Luiz Alves, São João Batista, Rio dos Cedros, Garuva, Pomerode, Itapoá e Benedito Novo. Já Blumenau, Gaspar, Rio dos Cedros, Nova Trento, Camboriú, Benedito Novo e Pomerode decretaram estado de calamidade pública, enquanto Balneário de Piçarras, Canelinha, Indaial, Penha, Paulo Lopes, Presidente Getúlio e Rancho Queimado estão em situação de emergência.
Para auxiliar na recuperação dos estragos, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, anunciou nesta quarta, 26, que o governo publicará uma medida provisória para liberação de R$ 1,180 bilhão para reconstrução não só das cidades catarinenses, mas também de outros estados, como o Rio de Janeiro, atingidas por chuvas nos últimos dois meses.
Apesar das mortes, deslizamentos e desalojamentos já registrados, o secretário de Infra-Estrutura de Santa Catarina, Romualdo França, afirma que ainda é impossível estimar as perdas totais no estado. "Só teremos um levantamento final depois que as águas baixarem", diz ele.
Com base em um relatório preliminar, porém, França afirma que há 11 trechos de rodovias catarinenses totalmente interrompidos, enquanto que nos demais o trânsito flui ou em meia pista, ou pelo acostamento. "Para retomar todos esses trechos, estimamos que sejam necessários entre R$ 15 milhões e R$ 16 milhões, sem contar as pontes e as redes de abastecimento, que também demandarão recursos", acrescenta o secretário.
Internet solidária
Um grupo de voluntários que estão ajudando na recuperação do Vale do Itajaí lançou um blog para auxiliar no encontro das cerca de 30 pessoas que se encontram desaparecidas desde o início dos temporais.
O blog Desabrigados Itajaí, linkado abaixo, está aberto para quem possuir informações sobre as vítimas.
“Que possamos fazer o mínimo para aliviar o desespero daqueles que não sabem onde estão seus entes queridos, esperando não mais notícias ruins”, destaca Ronaldo Cardozo Lages, um dos fundadores da ASL.Org e participante da equipe que lançou o blog.
Auxílio
Além do governo federal, empresas também têm se mobilizado para ajudar na recuperação de Santa Catarina.
A Vivo, por exemplo, iniciou esta semana a arrecadação de mantimentos e produtos de higiene que serão entregues a partir da quinta-feira, 27, aos municípios atingidos.
A operadora também deslocou geradores de outras regiões para as áreas afetadas, a fim de que, mesmo com a interrupção da energia elétrica, as antenas permaneçam em funcionamento e as ligações possam ser completadas normalmente.
O SBT Santa Catarina também está recebendo doações que serão encaminhadas às cidades prejudicadas, em suas sedes de Florianópolis, Joinville, Criciúma e Lages.
Outras empresas da Grande Florianópolis também montaram postos de coleta de donativos. Entre elas, a rede de supermercados Comper, o CompreFort Atacadista e a Unimed recolhem roupas, alimentos, cobertores e fraldas descartáveis que serão encaminhados aos desabrigados pela enchente.
Já o Sistema Facisc, formado pelas associações comerciais e industriais e/ou empresariais de Santa Catarina, está mobilizado em todo o estado em prol das vítimas da catástrofe. Na tarde da terça-feira, 25, as 145 entidades que compõem o sistema e os cerca de 24 mil empresários participantes de associações e núcleos setoriais assumiram o compromisso de se mobilizar para ajudar.
Assim, as associações empresariais estão angariando produtos de higiene e limpeza, água potável, roupas, colchões, cobertores, alimentos e remédios. Já várias entidades montaram postos de coletas em suas sedes e abriram contas em bancos para receber doações em dinheiro.
É o que conta o presidente da Blusoft (Blumenau Pólo Tecnológico de Informática), Jeziel Montanha. “Embora as empresas não registrem danos às estruturas físicas, as centrais telefônicas têm sofrido panes, assim como o fornecimento de energia”, afirma ele. “Além disso, as companhias estão operando com menos funcionários do que o habitual, já que muitos colaboradores estão ilhados ou hospedando parentes que foram desalojados pelo mau tempo”, complementa.
Em Blumenau, as quedas de energia atingiram mais de 50% do município na terça-feira, 25, e na manhã desta quarta, 26, conforme informação da Associação Empresarial de Blumenau (ACIB). A cidade fica no Vale do Itajaí, região mais prejudicada pelas chuvas no estado e que abriga empresas como Senior Sistemas, Benner, Datainfo, Teclógica, WK Sistemas, Mult e Wheb Sistemas.
Um dos principais rios do Vale, o Itajaí Açú, está mais de 12 metros acima do nível normal. Com isso, deslizamentos de terra e destruição de casas, estradas e outras estruturas têm sido constantes.
“Aqui, estamos inclusive sem acesso ao aeroporto. A locomoção está muito difícil”, ressalta Montanha. “As pessoas não conseguem chegar à empresa, portanto estamos trabalhando desde segunda com pouca gente. Outro problema é a falta de água, pois também precisamos para limpeza interna e para os banheiros. Para beber, podemos trazer de casa”, complementa José Roberto Heller, diretor da também blumenauense Hbtec.
A situação é tão grave que oito cidades do estado estão isoladas: São Bonifácio, Luiz Alves, São João Batista, Rio dos Cedros, Garuva, Pomerode, Itapoá e Benedito Novo. Já Blumenau, Gaspar, Rio dos Cedros, Nova Trento, Camboriú, Benedito Novo e Pomerode decretaram estado de calamidade pública, enquanto Balneário de Piçarras, Canelinha, Indaial, Penha, Paulo Lopes, Presidente Getúlio e Rancho Queimado estão em situação de emergência.
Para auxiliar na recuperação dos estragos, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, anunciou nesta quarta, 26, que o governo publicará uma medida provisória para liberação de R$ 1,180 bilhão para reconstrução não só das cidades catarinenses, mas também de outros estados, como o Rio de Janeiro, atingidas por chuvas nos últimos dois meses.
Apesar das mortes, deslizamentos e desalojamentos já registrados, o secretário de Infra-Estrutura de Santa Catarina, Romualdo França, afirma que ainda é impossível estimar as perdas totais no estado. "Só teremos um levantamento final depois que as águas baixarem", diz ele.
Com base em um relatório preliminar, porém, França afirma que há 11 trechos de rodovias catarinenses totalmente interrompidos, enquanto que nos demais o trânsito flui ou em meia pista, ou pelo acostamento. "Para retomar todos esses trechos, estimamos que sejam necessários entre R$ 15 milhões e R$ 16 milhões, sem contar as pontes e as redes de abastecimento, que também demandarão recursos", acrescenta o secretário.
Internet solidária
Um grupo de voluntários que estão ajudando na recuperação do Vale do Itajaí lançou um blog para auxiliar no encontro das cerca de 30 pessoas que se encontram desaparecidas desde o início dos temporais.
O blog Desabrigados Itajaí, linkado abaixo, está aberto para quem possuir informações sobre as vítimas.
“Que possamos fazer o mínimo para aliviar o desespero daqueles que não sabem onde estão seus entes queridos, esperando não mais notícias ruins”, destaca Ronaldo Cardozo Lages, um dos fundadores da ASL.Org e participante da equipe que lançou o blog.
Auxílio
Além do governo federal, empresas também têm se mobilizado para ajudar na recuperação de Santa Catarina.
A Vivo, por exemplo, iniciou esta semana a arrecadação de mantimentos e produtos de higiene que serão entregues a partir da quinta-feira, 27, aos municípios atingidos.
A operadora também deslocou geradores de outras regiões para as áreas afetadas, a fim de que, mesmo com a interrupção da energia elétrica, as antenas permaneçam em funcionamento e as ligações possam ser completadas normalmente.
O SBT Santa Catarina também está recebendo doações que serão encaminhadas às cidades prejudicadas, em suas sedes de Florianópolis, Joinville, Criciúma e Lages.
Outras empresas da Grande Florianópolis também montaram postos de coleta de donativos. Entre elas, a rede de supermercados Comper, o CompreFort Atacadista e a Unimed recolhem roupas, alimentos, cobertores e fraldas descartáveis que serão encaminhados aos desabrigados pela enchente.
Já o Sistema Facisc, formado pelas associações comerciais e industriais e/ou empresariais de Santa Catarina, está mobilizado em todo o estado em prol das vítimas da catástrofe. Na tarde da terça-feira, 25, as 145 entidades que compõem o sistema e os cerca de 24 mil empresários participantes de associações e núcleos setoriais assumiram o compromisso de se mobilizar para ajudar.
Assim, as associações empresariais estão angariando produtos de higiene e limpeza, água potável, roupas, colchões, cobertores, alimentos e remédios. Já várias entidades montaram postos de coletas em suas sedes e abriram contas em bancos para receber doações em dinheiro.