
Foi uma confusão a troca de comando na Secretária de Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul nesta quarta-feira, 21.
Inicialmente, o próprio governo havia informado, via Diário Oficial, que o titular do cargo deixado por Pedro Westphalen (PP) seria o diretor Técnico da secretaria, Dario Azevedo, ligado ao PSDB. No ato da posse, às 10h desta manhã, a história se desfez: Paulo Schüller Maciel (PP) assumiu o posto, em cerimônia no Palácio Piratini.
No ato de posse, a governadora Yeda Crusius chegou a comentar a confusão. “Sabemos que houve um erro”, afirmou. Já a assessoria de imprensa do Piratini admitiu ter ocorrido uma “barriga”, jargão jornalístico para publicação de informações equivocadas.
Westphalen pediu demissão do cargo depois que a bancada do PP, seu partido, votou contra o pacote tarifário proposto pelo executivo estadual. Yeda, porém, afirma que fez de tudo para mudar a decisão do secretário, sem sucesso.
“Tentei impedir sua saída, mas não foi possível. Agora, ele volta para a Assembléia Legislativa, onde irá nos auxiliar a recompor nossa querida base. Não estou perdendo o Pedro na SCT: estou ganhando-o na AL”, declarou Yeda.
Já Maciel afirma que não haverá mudanças na SCT com a troca de titular. “Farei o possível para manter o trabalho que Westphalen vinha fazendo. Vamos focar os setores de energia, bioenergia, além de dar muita atenção à formação de mão-de-obra qualificada para o mercado de tecnologia”, declarou o novo secretário. “O RS tem hoje cerca de três mil vagas abertas para analistas e programadores, tentaremos suprir esta demanda”, completou.
Outra área de investimentos da SCT será o setor de semicondutores, conforme Maciel. “Investiremos, por exemplo, na transformação de cascas de arroz em sílica para depois, lá na ponta, serem transformadas em chips”, declarou.
Avaliação
Na opinião de dirigentes do setor de TI gaúcho, a escolha por Maciel foi acertada. O presidente do Seprorgs, Renato Turk Faria, por exemplo, diz não ter restrições ao nome definido.
“Por pertencer também ao PP, Maciel tende a realizar uma gestão de continuidade na SCT. Porém, ele conta com um benefício sobre Westphalen, pois é ligado à universidade: foi diretor do Hospital São Lucas da PUC-RS, entidade que é referência em desenvolvimento de software, além de ter atuado como professor da Faculdade de Medicina da universidade”, destacou o gestor.
Porém, segundo Turk Faria, agora a cobrança será maior. “Quanto a Westphalen, todo o setor sabia que não se tratava de um técnico – era um deputado estando como secretário. Agora, com a qualificação de Maciel, haverá menor tolerância quanto a possíveis morosidades que eram aceitas na gestão encerrada”, avaliou.
Já o presidente da Assespro-RS, Jorge Branco, acredita que deveria ter havido uma consulta às entidades de tecnologia do estado antes da nomeação do sucessor de Westphalen. “O momento é realmente conturbado. Não faz duas semanas, tivemos um escândalo no Detran. A folha de pagamento está aí e o pacote tarifário caiu. Gostaríamos de uma consulta? Sim. Afinal, sabemos que podemos contribuir”, destaca Branco.
O dirigente também questiona a confusão gerada pela comunicação do Piratini quanto ao novo secretário. “O único estranhamento foi o anúncio de Dario Azevedo, que foi publicado inclusive no Diário Oficial, e, agora, o nome do Maciel. Mas com certeza isso são questões políticas. De certo ambos conhecem a pasta”, pondera.
Crítica
O deputado estadual Pedro Pereira, do PSDB, criticou a escolha da governadora Yeda Crusius em entrevista à Rádio Gaúcha. Segundo o parlamentar, o mais justo seria elevar ao cargo de secretário Dario Pereira, ao invés de um novo membro do PP. “Não se pode acender uma vela para cada santo”, reclamou Pereira.
Inicialmente, o próprio governo havia informado, via Diário Oficial, que o titular do cargo deixado por Pedro Westphalen (PP) seria o diretor Técnico da secretaria, Dario Azevedo, ligado ao PSDB. No ato da posse, às 10h desta manhã, a história se desfez: Paulo Schüller Maciel (PP) assumiu o posto, em cerimônia no Palácio Piratini.
No ato de posse, a governadora Yeda Crusius chegou a comentar a confusão. “Sabemos que houve um erro”, afirmou. Já a assessoria de imprensa do Piratini admitiu ter ocorrido uma “barriga”, jargão jornalístico para publicação de informações equivocadas.
Westphalen pediu demissão do cargo depois que a bancada do PP, seu partido, votou contra o pacote tarifário proposto pelo executivo estadual. Yeda, porém, afirma que fez de tudo para mudar a decisão do secretário, sem sucesso.
“Tentei impedir sua saída, mas não foi possível. Agora, ele volta para a Assembléia Legislativa, onde irá nos auxiliar a recompor nossa querida base. Não estou perdendo o Pedro na SCT: estou ganhando-o na AL”, declarou Yeda.
Já Maciel afirma que não haverá mudanças na SCT com a troca de titular. “Farei o possível para manter o trabalho que Westphalen vinha fazendo. Vamos focar os setores de energia, bioenergia, além de dar muita atenção à formação de mão-de-obra qualificada para o mercado de tecnologia”, declarou o novo secretário. “O RS tem hoje cerca de três mil vagas abertas para analistas e programadores, tentaremos suprir esta demanda”, completou.
Outra área de investimentos da SCT será o setor de semicondutores, conforme Maciel. “Investiremos, por exemplo, na transformação de cascas de arroz em sílica para depois, lá na ponta, serem transformadas em chips”, declarou.
Avaliação
Na opinião de dirigentes do setor de TI gaúcho, a escolha por Maciel foi acertada. O presidente do Seprorgs, Renato Turk Faria, por exemplo, diz não ter restrições ao nome definido.
“Por pertencer também ao PP, Maciel tende a realizar uma gestão de continuidade na SCT. Porém, ele conta com um benefício sobre Westphalen, pois é ligado à universidade: foi diretor do Hospital São Lucas da PUC-RS, entidade que é referência em desenvolvimento de software, além de ter atuado como professor da Faculdade de Medicina da universidade”, destacou o gestor.
Porém, segundo Turk Faria, agora a cobrança será maior. “Quanto a Westphalen, todo o setor sabia que não se tratava de um técnico – era um deputado estando como secretário. Agora, com a qualificação de Maciel, haverá menor tolerância quanto a possíveis morosidades que eram aceitas na gestão encerrada”, avaliou.
Já o presidente da Assespro-RS, Jorge Branco, acredita que deveria ter havido uma consulta às entidades de tecnologia do estado antes da nomeação do sucessor de Westphalen. “O momento é realmente conturbado. Não faz duas semanas, tivemos um escândalo no Detran. A folha de pagamento está aí e o pacote tarifário caiu. Gostaríamos de uma consulta? Sim. Afinal, sabemos que podemos contribuir”, destaca Branco.
O dirigente também questiona a confusão gerada pela comunicação do Piratini quanto ao novo secretário. “O único estranhamento foi o anúncio de Dario Azevedo, que foi publicado inclusive no Diário Oficial, e, agora, o nome do Maciel. Mas com certeza isso são questões políticas. De certo ambos conhecem a pasta”, pondera.
Crítica
O deputado estadual Pedro Pereira, do PSDB, criticou a escolha da governadora Yeda Crusius em entrevista à Rádio Gaúcha. Segundo o parlamentar, o mais justo seria elevar ao cargo de secretário Dario Pereira, ao invés de um novo membro do PP. “Não se pode acender uma vela para cada santo”, reclamou Pereira.