Secretaria de C&T começa a andar

A Secretaria de Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul começa a andar, depois de ter ficado o ano passado parada pela falta de recursos. Para este ano, o orçamento total da pasta ficará em R$ 10,7 milhões, dos quais 27,4% serão destinados a projetos na área de TI, a maior dotação de todas.
18 de março de 2008 - 15:07
Secretaria de C&T começa a andar
A Secretaria de Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul começa a andar, depois de ter ficado o ano passado parada pela falta de recursos. Para este ano, o orçamento total da pasta ficará em R$ 10,7 milhões, dos quais 27,4% serão destinados a projetos na área de TI, a maior dotação de todas.

“Não é orçamento dos sonhos, mas é um grande avanço”, resumiu secretário de C&T, Paulo Maciel, durante participação no Meeting de Tecnologia da Federasul nesta terça-feira, 18. Boa parte do dinheiro será investida na construção de um eixo de comunicações entre Porto Alegre, Pelotas e Bagé.

O projeto envolve também as secretarias de Educação, Saúde e Segurança, ficando a SCT responsável pela inteligência da iniciativa. “As escolas, por exemplo, já usam software para a gestão. O problema é a comunicação dos dados”, explicou Maciel. A linha será baseada em tecnologia de internet via rede elétrica e passará por 30 municípios.

Capacitação profissional
Maciel também garantiu a manutenção e a ampliação do programa de qualificação de mão de obra em TI gratuito coordenado pela Assespro-RS em parceria com as secretarias de Educação e Ciência e Tecnologia, que hoje tem 120 alunos em duas escolas estaduais de Porto Alegre e uma de Guaíba.

A dotação de verbas do projeto por parte da secretaria de C&T deve passar de R$ 500 mil para R$ 1,34 milhão. A meta de Maciel é levar a iniciativa para mais 20 cidades do estado. “Eu mesmo sou empresário de software e sofro na pele o problema da falta de mão de obra”, apontou.

Lei de Inovação

Outro assunto que também esteve na pauta foi a Lei de Inovação, que de acordo com Maciel será entregue para avaliação da Assembléia Legislativa ainda em março. “É uma determinação da governadora”, revelou o secretário.

Ao contrário do seu antecessor, o atualmente deputado da base governista Pedro Westphalen, que propunha entregar um projeto “porteira fechada” para a Assembléia, evitando as emendas dos deputados, Maciel acredita que a discussão deve ser aberta e que isso não deve atrasar a aprovação do texto.

O secretário destaca que certas demandas do texto não puderam ser incluídas na proposta, por serem incompatíveis com legislações superiores. “Não podemos usar essa lei para criar fundos de financiamento ou reduções de ICMS”, assegura Maciel. A lei seria útil para facilitar o acesso da iniciativa privada a laboratórios e pesquisadores públicos.