
Telecomunicações com crescimento forte até 2017. Foto: divulgação.
Um estudo da Frost & Sullivan constatou que o mercado nacional de telecomunicações terá um crescimento de 5,3% ano após ano, chegando em 2017 com um valor de US$ 99,42 bilhões.
Segundo a consultoria, a economia forte, o aumento na concorrência e a expansão dos backbones e das redes de banda larga no país ocasionará o crescimento do mercado, que em 2011 era de US$ 73,08 bilhões.
Outros motores para este desenvolvimento será pela expansão na cobertura das redes fixas, o crescimento das redes móveis e do uso de smartphones e outros aparelhos conectados à internet.
Com isso, o mercado ganhará novos clientes de baixa renda e em regiões mais remotas, aponta o estudo, que cobre os segmentos de telefonia fixa, voz e dados móveis, banda larga fixa, serviços de dados e TV paga.
Segundo o gerente de telecomunicações da Frost & Sulivan, Renato Pasquini, os setors de TV paga, banda larga fixa, dados móveis e serviços de valor agregado são os que mais devem crescer no país, devido às baixas taxas atuais de penetração destes serviços.
“O lançamento de aplicações over-the-top sobre redes de banda larga, além de combos e ofertas avulsas de TV paga e soluções móveis inovadoras levarão ao surgimento de novos modelos de negócio, o que ajudará a estimular o crescimento das receitas do setor”, observa.
A recente aprovação da Lei do SeAC, que permitiu às operadoras ofertar serviços de TV a cabo e IPTV, deve ajudar a reduzir os preços da ulta-banda larga e acelerar sua adoção, aponta o executivo.
O Plano Nacional de Banda Larga, que prevê que todo o território brasileira seja coberto por banda larga até 2015, também será um catalisador para o crescimento do mercado.
No entanto, o rápido crescimento no tráfego pode afetar a qualidade do serviço.
Além disso, a alta carga tributária sobre equipamentos de rede e sobre serviços será um desafio para operadoras.
As operadoras precisam negociar entre si, com distribuidoras de energia e concessionárias rodoviárias, com o governo e outras empresas, de acordo com Pasquini.
“Isso permitirá que minimizem custos, evitem burocracia na construção e no compartilhamento de infraestrutura, além de receberem incentivos regulatórios como o unbundling, EILD (Exploração Industrial de Linha Dedicada) e regimes de interconexão”, explica.
A oferta de planos pré-pagos, híbridos e alternativos, bem como combos e ofertas econômicas, ajudará operadoras a manter o crescimento da base de clientes no país.