O Rio Grande do Sul está a 900 quilômetros da infraestrutura básica de fibra ótica para o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). Em investimento, a meta representa um custo entre R$ 15 milhões e R$ 25 milhões.
Os dados são de levantamento técnico feito pelo Ministério das Comunicações apresentado nessa quarta-feira, 13, pelo titular da pasta, Paulo Bernardo, ao governador gaúcho, Tarso Genro.
Bernardo esteve na capital para assinar um protocolo de intenções para expandir o acesso à internet no estado.
Não foram divulgadas metas de conclusão da expansão, nem foram dados detalhes de como ela será conduzida e financiada.
Ajuda dos pequenos
“É importante ressaltar que esses 900 quilômetros não vão resolver o problema. Não vai chegar internet lá no posto de saúde da cidade com isso. É só o anel básico”, enfatizou o ministro.
A lacuna apontada pelo ministério é 200 quilômetros inferior ao levantamento já feito pela CEEE, dona de uma das maiores redes de fibra ótica do estado e já cogitada para ser parceira no PNBL. A estimativa de expansão do governo também é quase 60% mais barata.
Levar a rede à ponta dependerá de incentivos dados aos municípios e aos provedores regionais. No caso desses últimos, estão em discussão a possibilidade de tarifas diferenciadas para empresas do Simples e linhas de crédito pelo BNDES.
“É claro que o governo sabe que não tem como conectar tudo sozinho, a ajuda dos pequenos provedores regionais vai ser fundamental”, frisou o ministro.
Conforme dados da Assespro, são mais de 2 mil pequenos provedores no Brasil.
Upgrade na banda, downgrade no preço
O plano do governo é levar internet de 1 Mbps por R$ 35 a “todos os rincões do Brasil”.
Segundo Bernardo, o preço pode ser ainda menor, caso os estados aceitem reduzir ou isentar as empresas de ICMS. “O custo poderia ser de R$ 29,90, para o usuário final, sem a carga tributária”, diz o ministro.
Além da internet, o ministério tem planos de popularizar a telefonia fixa, com uma “tarifa social” de R$ 13,50 (R$ 9,50, sem o ICMS), e ainda uma linha voltada especificamente para as áreas rurais.
Atualmente, diz o ministro, entre 12% e 13% da arrecadação com ICMS dos estados vêm da telefonia. Ou seja, não há garantias de isenção: “fazer renúncia fiscal com o caixa alheio é fácil. Isso vai caber a cada unidade da federação decidir”.
Lavar a égua
Com velocidades propostas de até 600 Kbps até a semana passada, o PNBL sofreu um upgrade de 66% na última segunda-feira.
O aumento, decretado verbalmente pela presidente Dilma, levou as teles a reclamar de alta nos gastos, e pouca compensação – já que o preço segue sendo R$ 35, independente do reajuste da velocidade.
“Nós teremos um encontro para ajuste de contas a cada um ou dois anos para avaliar as metas”, explicou o ministro.
Caso as empresas tenham gasto além do acordado para entregar o serviço, o governo poderá oferecer uma contrapartida financeira. Do contrário, as empresas deverão investir mais na internet no Brasil, seja ampliando a rede ou qualificando a estrutura já existente.
“Eu acho que com a alta na oferta elas (as teles) vão é lavar a égua de ganhar dinheiro”, brincou Bernardo.
A meta de Bernardo é chegar a 70% dos domicílios brasileiros conectados nos próximos quatro anos. Atualmente, diz o ministro, 30 milhões de casas têm internet rápida no Brasil – representando 51%, segundo dados do IBGE para 2009.
RS está a 900 km de fibra do PNBL
O Rio Grande do Sul está a 900 quilômetros da infraestrutura básica de fibra ótica para o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). Em investimento, a meta representa um custo entre R$ 15 milhões e R$ 25 milhões.
Os dados são de levantamento técnico feito pelo Ministério das Comunicações apresentado nessa quarta-feira, 13, pelo titular da pasta, Paulo Bernardo, ao governador gaúcho, Tarso Genro.
Veja também
Crédito para pequenos provedores em estudo
O governo estuda linhas de crédito para que os pequenos provedores de internet possam oferecer acesso mais rápido no PNBL (Plano Nacional de Banda Larga).
O motivo seria a determinação da presidente Dilma Rousseff de um aumento na velocidade da conexão, para 1 Mbps em vez de até 600 Kbps.
Dilma quer upgrade para 1 Mbps no PNBL
A presidente Dilma Rousseff quer 1 Mbps por R$ 35 no Plano Nacional de Banda Larga (PNBL).
Segundo matéria publicada nessa segunda-feira, 11, no jornal Folha de S. Paulo, Dilma orientou o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, a dar um upgarde na velocidade proposta, de 600Kbps, para manter o plano brasileiro no mesmo compasso da internet mundial.
A alteração, diz o jornal, deve provocar um atraso de pelo menos três meses no início do programa, que deveria ter sido implantado no governo Lula.
PNBL: plano por R$ 35 não será bem assim
Um dos principais atrativos do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), o preço da conexão, não valerá para todos os clientes graças à flexibilização de regras do plano feita pela Telebrás.
Com isso, informa o site Convergência Digital, os R$ 35 cotados para o plano serão restritos.
De acordo com o portal, a ideia inicial da estatal, de manter a proporção de 10 clientes para cada megabit, foi alterada. Agora, a regra vale apenas para os conectados.
Telebrás exige IPv6 no PNBL
De olho no esgotamento dos endereços do IPV.4, a Telebrás fez do IPv6 uma regra para fornecedores de enlace de comunicação do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL).
Uma licitação da estatal exige que a empresa contratada tenha capacidade de prover IP nas versões IPV.4 e IPV.6 nativas, com suporte a aplicações IP em conformidade com todos os padrões e recomendações relevantes da IETF.
Em 2010, Telebrás teve prejuízo de R$ 13,8 mi
A Telebrás encerrou o ano passado com prejuízo de R$ 13,8 milhões, segundo o relatório da administração da companhia estatal. Apesar do resultado negativo, esse foi o menor prejuízo nos últimos três anos, diz o documento.
O resultado foi atribuído “à recuperação de parte da provisão constituída a partir de setembro de 1998, quando iniciou-se o processo de privatização do Sistema Telebrás”.
PNBL: novos contratos de R$ 35,5 mi
A Telebrás assinou na tarde desta quinta-feira, 03, dois novos contratos, somando valor de R$ 35,5 milhões, no âmbito do PNBL, com foco nas regiões Sul e Nordeste.
As empresas vencedoras foram Networker e Bimetal, que fornecerão torres e postes para viabilizar a entrega do sinal de internet até a sede dos municípios contemplados pelo Plano Nacional de Banda Larga.
A Networker vai atender os anéis sudeste e Sul, enquanto a Bimetal fica com o Nordeste.
Acesso à banda larga cresce 53% no BR
Levantamento da Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil) indica que o número de acessos à banda larga aumentou em 53% no Brasil entre janeiro de 2010 e o mesmo mês em 2011.
Foram 36,1 milhões de acessos à internet em alta velocidade registrados no último mês.
Segundo a Telebrasil, o total, que reúne o acesso fixo e móvel, equivale a 24 novas instalações por minuto no país nos últimos 12 meses.
Telebrás deve ter parceria da CEEE no PNBL
A Telebrás deverá fechar parceria com a CEEE para implementar no Rio Grande do Sul o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL).
Em reunião entre o presidente da Telebrás, Rogério Santanna, estatal responsável pelo PNBL em nível nacional, e o governador Tarso Genro nessa terça-feira, 15, o chefe do executivo gaúcho determinou a “otimização da estrutura tenológica do estado” para concretizar a parceria.
Bernardo prevê banda larga por menos de R$ 30
Banda larga por menos de R$ 30 é a intenção do ministro das Comunicações Paulo Bernardo.
O que viabilizaria a internet de baixo custo, a velocidades entre 300 e 500 Kbps, seria a negociação com os estados para isenção da cobrança de ICMS sobre os serviços.
Dilma promete acelerar o PNBL
Em seu primeiro pronunciamento a rádios e TVs, a presidente Dilma Rousseff disse que o governo vai acelerar a expansão da banda larga no Brasil.
Dilma falou nessa quinta-feira, 10, aos meios de comunicação brasileiros.