Jim McGittigan
Cada vez mais gestores de TI estão começando a mover seus departamentos para um modelo de cobrança baseado em serviços, na qual o negócio paga por investimentos definidos em termos de retorno e não de abstrações tecnológicas.
Pelo menos, é que o apontam dados compartilhados por Jim McGittigan, Reseach VP do Gartner, que esteve em Porto Alegre nesta quarta-feira, 14, falando para CIOs gaúchos em um evento da Sucesu-RS.
De acordo com McGittigan, quase 75% das empresas clientes do Gartner estão movendo seus departamentos de TI para um modelo de cobrança baseado em serviços.
No entanto, para 52% o processo está no começo. Outros 11% estão no meio do processo e só 9% tem a estratégia madura.
Uma quinta parte das empresas está explorando as possibilidades nesse campo e só 7% descarta a opção de trabalhar dessa maneira.
Por outro lado, todo esse interesse deve encontrar dificuldade para se transformar em realidade.
Menos de 25% das organizações definiram o que são esses serviços, quais os níveis de serviço e os respectivos preços.
O assunto é especialmente pertinente nos dias de hoje, quando CIOs necessitam defender seu orçamento em meio a cortes de gastos nas empresas deflagrados pela recessão, mas o assunto não deve ser visto como uma resposta a problemas pontuais, afirma McGittigan.
“A otimização de custos de TI não é um projeto, é uma disciplina constante”, afirma o VP do Gartner.
Para o especialista, as áreas de TI precisam analisar e revisar constantemente suas despesas e não se deixar enganar pela queda de custos oferecida pela migração para a nuvem.
“O custo do storage só cai. Mas alguém aqui gasta menos em storage agora do que gastava há cinco anos?”, exemplificou McGittigan.