\"Com a crescente quantidade de dados eletrônicos, freqüentemente nos deparamos com advogados tentando, na maioria das vezes sem sucesso, identificar evidências de crimes na Internet. A descoberta dos culpados pelos chamados \"ataques cibernéticos\" torna-se extremamente complicada quando as evidências estão escondidas em uma rede mundial de computadores, onde todos, de qualquer lugar do mundo, podem acessá-la. Para auxiliar na solução destes problemas e aumentar a probabilidade de localização dessas evidências, especialistas em segurança da informação criaram o conceito de Forense Computacional.
A chamada \"perícia forense\" é uma das práticas que mais recebeu atenção na área de segurança nos últimos anos e seu objetivo é investigar ataques a sistemas e obter respostas às seguintes perguntas: Quem realizou o ataque (endereço IP do atacante)? Como o ataque foi feito (ferramentas utilizadas; vulnerabilidade ou falha encontrada pelo atacante)? Qual a intenção do atacante (que \"estragos\" ele fez no sistema atacado)?
No Brasil, apesar de profissionalmente o mercado ser promissor, o assunto ainda é novo. O país ainda conta com poucas pessoas especializadas, mas a procura por profissionais que conheçam a técnica cresce consideravelmente. Por este motivo, aqueles que possuem em seus currículos conhecimento sobre o assunto, mesmo que mínimo, tornam-se diferenciais no mercado de segurança, ou até mesmo estão criando um novo campo de trabalho. Cursos a respeito também são escassos por enquanto, mas grupos de discussão já começam a ser formados para debater o assunto e formar uma rede de relacionamento para troca de experiências. A lista \"Perícia Forense Aplicada à Informática\" é a mais conhecida entre os especialistas brasileiros.
O profissional de tecnologia que deseja ser um perito em computação forense precisa ter experiência significativa na área de segurança, governamental e, imprescindivelmente, que seja extremamente confiável, sabendo manter o sigilo das informações.
Além da falta de \"profissionalização\" e informação sobre o tema, o país ainda não conta com uma norma específica para esta ciência. Portanto, hoje em dia, os profissionais e empresas que atuam neste segmento têm a preocupação de desenvolver dossiês das evidências em casos civis e corporativos, determinando quais investigações serão necessárias, para poder formar uma rede de consulta para crimes posteriores.
Por isso, é fundamental que o perito entenda alguns artigos descritos no Código de Processo Penal, evitando que as evidências coletadas sejam consideradas ilegais.\"
"Com a crescente quantidade de dados eletrônicos, freqüentemente nos deparamos com advogados tentando, na maioria das vezes sem sucesso, identificar evidências de crimes na Internet.