Empresas líderes como a General Motors avançaram de forma fantástica na implantação do PLM e caminham para a integração absoluta em pouco tempo, mas ainda sob uma ótica eminentemente de engenharia. No entanto, o estudo sob o gerenciamento do produto virtual extrapolou o desenvolvimento e a produção e atingiu o marketing envolvendo teorias de unidade, acuracidade e democratização da comunicação fazendo deste elemento uma questão fundamental para a evolução e inovação na empresa.
A questão já transpira para as empresas menores e em tiers que vêem no VPMC, abreviatura em inglês de Virtual Product Management and Communication, a possibilidade de obtenção de resultados otimizados a partir das características sistêmicas da empresa. Todo o trabalho executado e os resultados obtidos com a produção industrial estão na dependência de uma característica humana que nos diferencia, mas ao mesmo tempo é o que pode nos causar mais atrasos e erros em tarefas diárias ou mesmo um propósito de vida. É a habilidade que temos em maior ou menor grau de nos comunicar.
O que varia no processo da comunicação verbal interpessoal e o informatizado, da empresa, é a forma, a complexidade, a acuracidade e a velocidade. Na informação de mercado temos indicadores, estatísticas e agregamos a estes conhecimento e criatividade. Na informação de projeto, temos função, design, intenção, forma e conectividade com a de mercado. Na de processo e produção, temos informações necessárias para as condições básicas de geração da forma e de execução do que foi informado pelo mercado e pelo projetista, este impregnado pela cultura empresarial. Se isso é verdadeiro em essência, também é verdadeiro que tomemos os elementos da comunicação da mesma forma: emissor, mensagem, meio, receptor, ruído, feedback.
Na metodologia de trabalho adotada na Tech, a virtualidade é entendida como a junção da forma, a maneira como a mensagem (o conteúdo) é representada, com a mídia pela qual esta informação circula, no caso arquivos eletrônicos.
A virtualidade pode ser a representação capaz de transportar dados de mercado, de projeto, de compras, de vendas, de montagem, de logística, de aprimoramento de produto, entre outros, com a premissa básica do baixo custo, da precisão e da velocidade de tráfego, emissão e feed-back, com baixo ruído e custo e alta capacidade de democratização.
Especialmente na indústria automotiva, a necessidade de lançamentos e de inovar faz com que a comunicação não possa fluir mais de forma linear, com motivos (causas) e ações (conseqüências), e sim de forma circular, onde as interações fazem parte do processo de evolução dos produtos, processos e empresas. As interações dentro do conceito de VPMC aplicado pela Tech são o centro neural das empresas de sucesso.
Roberto D. Cortes é diretor da Tech Tecnologia Aplicada, empresa nacional dedicada à prospecção, desenvolvimento e distribuição de novos conceitos, métodos e softwares para a gestão do ambiente industrial e de serviços.
Empresas líderes como a General Motors avançaram de forma fantástica na implantação do PLM e caminham para a integração absoluta em pouco tempo, mas ainda sob uma ótica eminentemente de engenharia.