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Tecnologias para proteção de fronteiras
Por waAvPY@baguete.com.br
Criado em 14/07/2008 - 00:00
A segurança nacional é uma das três principais preocupações dos brasileiros, de acordo com a segunda edição do Índice de Segurança Unisys, divulgada recentemente. Pouco mais de três quartos (77%) dos entrevistados na pesquisa estão “extremamente” ou “muito preocupados” com a questão.
Parte expressiva da preocupação e insegurança da maioria da população está relacionada à violência gerada pelas drogas e armas, que, infelizmente, continuam a cruzar as nossas fronteiras. Em contrapartida, é cada vez maior a vontade política de repressão dessa ameaça, para a qual a tecnologia da informação pode ser uma grande aliada.
A utilização de ferramentas integradas de vigilância é o caminho mais sensato para tentar coibir as ilicitudes de fronteira. Promover a integração de sistemas de informação para o desenvolvimento de projetos de defesa é sinônimo de segurança em qualquer lugar, aqui ou no resto do mundo. Compartilhar dados com todos os agentes, dentre os quais comunidades e instituições governamentais, é a chave para o sucesso desse tipo de operação.
Nesse aspecto, a comunicação de voz, dados e imagens é o instrumento número um na defesa das delimitações territoriais e políticas devido a vantagens como mobilidade e alcance. Hoje, esses equipamentos possuem alta capacidade contra a interceptação por intrusos ou interrupção de transmissões, com variações geográficas, diferenças de clima e temperatura e enormes densidades populacionais, dentre outros fatores.
Comandos centrais são capazes de trocar informações em tempo real com grupos de patrulhamento fronteiriços localizados em bases ou ações móveis. Sensores e câmeras localizados em pontos estratégicos das fronteiras estão aptos a monitorar o movimento em extensas áreas e identificar o tipo de operação ilegal em andamento, além de classificar o risco do evento.
Tais instrumentos ainda alertam sobre os riscos da operação, assim como localizam o grupo de agentes mais próximo e o mais apto, dentro das características de locomoção, para atender à ocorrência. Operados em bases de patrulhamento, aparelhos de captura da impressão digital, leitura de íris e reconhecimento de face, dentre outras técnicas de biometria, identificam e transmitem aos centros de comando dados dos suspeitos ou de qualquer pessoa em trânsito nessas regiões.
A questão da segurança no Brasil é notadamente complexa. Contudo, existe solução. No País, são 16 mil quilômetros de fronteira seca com dez países, abrangendo 11 estados da federação. Na costa, são mais oito mil quilômetros. A tarefa de submeter à vigilância toda essa vasta área é árdua. Quando se centra a discussão nas regiões fronteiriças, entretanto, dá-se importante passo para coibir o comércio ilegal e todo o lastro de violência que ele carrega.
Em um país onde parte significativa da fronteira seca é de difícil acesso, são imprescindíveis práticas que tornem esses ambientes mais seguros e menos vulneráveis. Soluções integradas de identificação e controle de acesso em solo são meios bastante eficientes. Um avanço no contexto dessas possibilidades abertas pela tecnologia da informação e comunicação resultaria em mais segurança. E não se trata de afirmação teórica, porque há, em distintas nações, numerosas experiências bem sucedidas nesse campo.
Paulo Bonucci é presidente da Unisys Brasil
Olho:
A segurança nacional é uma das três principais preocupações dos brasileiros, de acordo com a segunda edição do Índice de Segurança Unisys, divulgada recentemente. Pouco mais de três quartos (77%) dos entrevistados na pesquisa estão “extremamente” ou “muito preocupados” com a questão.