A constante preocupação das empresas com a falta de mão-de-obra qualificada para o setor eletroeletrônico fez a regional da ABINEE no Rio Grande do Sul realizar uma pesquisa junto às empresas associadas em sua região.
O resultado, apresentado durante reunião que contou com a presença de empresários, representantes de Universidades e de Escolas Técnicas, mostra uma projeção em que o tamanho médio das equipes deve dobrar nos próximos 3 anos.
Com o tema “O capital humano”, a pesquisa ouviu os empresários quanto suas demandas para os próximos 3 anos na contratação de engenheiros para suas equipes de P&D e de Projetos. Já temos um déficit de engenheiros preparados para o nosso setor e a pesquisa aponta um descompasso entre o número projetado de contratações e a possibilidade de formação de profissionais pelas Universidades.
Enquanto as empresas apontam um forte crescimento em contratações, o número de engenheiros em formação não irão atender esta demanda.
Além de competir com empresas como a Petrobras, que prevê contratar 6 mil novos engenheiros e das multinacionais Dell, HP e SAP que disputam a mesma mão-de-obra, o setor vê com preocupação a falta de qualificação de engenheiros para atuarem em projetos de alta complexibilidade, cada vez mais comum neste segmento que atua com engenharia eletrônica e ciência da computação.
Uma forma de agir para mudar esta realidade é atuar na formação de mão-de-obra de nível superior buscando uma maior integração universidade-empresa que possibilite a redefinição do sistema de ensino, de modo a atender as necessidades geradas nas atividades econômicas.
A Abinee está orientada nesta sentido e o primeiro passo foi a realização da pesquisa e um primeiro encontro com as Universidades e Escolas Técnicas, com objetivo de criar condições para a formação de Engenheiros e Técnicos voltados a atender este segmento da economia, que deverá investir cerca de R$ 22,4 bilhões período de 2008-2011 e crescer 16,5% por ano.
O Brasil é o país que menos possui Engenheiros por 100 mil habitantes. São apenas 6 profissionais para esta escala. O índice recomendável seria 25 Engenheiros para cada 100 mil habitantes. E na formação de profissionais também estamos atrasados. Enquanto o Brasil formou 30 mil Engenheiros em 2007, a Coréia colocou no mercado 80 mil, a China 400 mil e a Índia 300 mil novos engenheiros.
Os países em questão são os principais mercados concorrentes do Brasil na industrialização de produtos que utilizam a eletroeletrônica.
Luiz Francisco Gerbase é vice-presidente da Abinee, diretor Regional RS
Olho:
A constante preocupação das empresas com a falta de mão-de-obra qualificada para o setor eletroeletrônico fez a regional da ABINEE no Rio Grande do Sul realizar uma pesquisa junto às empresas associadas em sua região.
O resultado, apresentado durante reunião que contou com a presença de empresários, representantes de Universidades e de Escolas Técnicas, mostra uma projeção em que o tamanho médio das equipes deve dobrar nos próximos 3 anos.