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Worsktations de Mamografia e cuidados especiais na implementação do PACS
Por Iomani@Engelmann.com
Criado em 19/06/2009 - 00:00
A implantação de um PACS, por si só, gera nas equipes médica, administrativa e de TI um trabalho cuidadoso e exaustivo. Tarefas como definição das ferramentas presentes na hora de efetuar o laudo para cada perfil de médico, relatórios que devem estar disponíveis para análise do fluxo de trabalho e produtividade para a alta administração, gerenciamento da integração entre os fornecedores de PACS e HIS/RIS, infra-estrutura necessária para que tudo isto funcione, são algumas das etapas fundamentais para um projeto de PACS bem sucedido.
Além de tudo mencionado anteriormente, existe uma modalidade que exige cuidados especiais na hora desta definição de projeto: a Mamografia Digital, seja ela de CR ou DR. A mamografia é de longe a modalidade que possui o maior número de entidades reguladoras no mundo, assim como as boas práticas já bem definidas para o seu trabalho. É um exame básico, porém que tem uma importância fundamental na taxa de mortalidade da mulher, já comprovada no Brasil pelos estudos do Ministério da Saúde.
Algumas características já são bem conhecidas da mamografia, como é o caso dos protocolos de exposição padronizados, do tamanho da matriz da imagem que excede o tamanho do monitor, da necessidade de reprocessamento da imagem, etc. Tudo isto ainda pode ser somado com a comparação de outras modalidades, como ultrassonografia e ressonância magnética. Estas características trazem um cuidado especial no momento de gerenciamento e interpretação da mamografia dentro de um sistema digital de informação.
Assim, as Workstations dentro do PACS, devem estar aptas a respeitar o fluxo de trabalho já presente no exame, intrínseco aos cuidados já mencionados. Neste caso, uma boa ferramenta de trabalho de mamografia deve permitir ao médico: rápido acesso aos exames anteriores de maneira inteligente, uma vez que os exames de mamografia são pesados e tem um custo alto de transmissão (um exame tem em torno de 176 MB em formato bruto, e 36 MB utilizando compressão sem perda, único formato aceitos para esta modalidade), customização nos hanging protocols (formato de visualização), permitindo ao médico colocar as exposições complementares de forma fácil para análise e comparação, entre outras ferramentas mais básicas como lupa, elementos de anotação e layout de impressão.
Outra característica ainda pouco explorada pela maioria das estações de trabalho é referente ao uso da capacidade de visualização em relação a profundidade de bits que o monitor apresenta ao médico. Alguns poucos modelos de monitores médicos já permitem a aplicação trabalhar em 10 bits (1024 tonalidades de cinza) e até mesmo em 12 bits (4096 tonalidades de cinza), permitindo uma melhor visualização da imagem de mamografia e um menor esforço para análise. Desta maneira, os tons de cinza são todos apresentados ao mesmo tempo na tela, permitindo a análise de pequenas estruturas, sem a perda de informações, fato este que acontece quando trabalhamos com estações que apresentam somente 8 bits (256 tonalidades de cinza) ao usuário final. Esta evolução com relação ao hardware deve vir acompanhada pelo software que faz uso dele, para que todo investimento realizado, tanto na digitalização quanto na interpretação do exame seja realmente aproveitado.
Iomanni Engelmann é diretor comercial da Pixeon, que desenvolve soluções de PACS
Olho:
A implantação de um PACS, por si só, gera nas equipes médica, administrativa e de TI um trabalho cuidadoso e exaustivo.