Muitas cidades ao redor do mundo enfrentam difíceis decisões financeiras e ambientais como o aumento da necessidade de energia, congestionamentos de tráfego e demanda por serviços públicos.
Hoje, os complexos sistemas que fornecem água, comida, energia e transporte à população urbana mundial estão sendo pressionados como nunca.
As pessoas procuram as cidades pela oportunidade de aumento de renda e mobilidade social.
Eles querem viver, trabalhar e se divertir em centros de negócio e cultura, mas a viabilidade econômica e ambiental das cidades e a qualidade de vida estão sob grave tensão.
As cidades consomem 75% da energia mundial, emitem mais de 80% do dióxido de carbono mundial e perdem em torno de 20% de seu fornecimento de água devido a vazamentos na infraestrutura.
A maioria das cidades ainda despeja o esgoto sem tratamento direto em suas águas.
Se quiserem prosperar, as cidades precisam começar a combater esses desafios e encontrar maneiras de se modernizar.
Até 2050, a expectativa é de que a população urbana dobre de tamanho.
Para nos prepararmos, precisamos de uma análise mais detalhada e de um entendimento mais profundo de como as cidades podem funcionar melhor e usar recursos mais eficientemente, sem sacrificar o meio ambiente e a sua longevidade.
Infraestruturas modernizadas podem criar cidades inteligentes capazes de se adaptarem a períodos de crescimento ou contração.
Redes de serviços de utilidade pública informatizadas podem gerenciar a distribuição de eletricidade em tempo real, reduzindo a demanda de picos de energia em até 15%.
O principal benefício para a qualidade de vida de muitas cidades, sua economia e meio ambiente seria resolver o problema do congestionamento de tráfego.
Em uma pesquisa recente feita em 20 cidades mundiais, 57% dos motoristas disseram que o trânsito tem efeitos negativos para sua saúde e 29% que afeta seu desempenho no trabalho ou na escola.
A cada ano, motoristas norte-americanos desperdiçam 3,7 bilhões de horas parados no trânsito enquanto consomem 2,3 bilhões de galões de combustível.
Porém, a maior parte do mundo desenvolvido tende a investir pouco em suas cidades, que estão crescendo mais rápido do que sua infraestrutura.
Saneamento, abastecimento de comida e serviços de saúde não estão acompanhando o passo da migração das áreas rurais para as áreas urbanas e a falta de planejamento adequado vai limitar a viabilidade de alguns desses centros como espaços urbanos produtivos e sustentáveis.
Para determinar as ações necessárias para preparar as cidades para os padrões de crescimento do futuro, é preciso haver empenho das empresas e lideranças públicas em planejamento e gestão das cidades, reforçando projetos de desenvolvimento e integrando os diferentes sistemas para dar mais eficiência e modernidade aos centros urbanos, garantindo qualidade de vida às pessoas e condições de crescimento para os negócios e à economia global.
Enquanto o mundo se recupera de sua recessão econômica atual, é mais importante do que nunca usar os recursos de forma mais eficiente e evitar desperdícios.
Precisamos construir infraestruturas modernas que auxiliem no uso mais inteligente de recursos limitados, como energia, alimento e água.
Se formos bem-sucedidos, será um passo importante para garantir o sucesso econômico de nossos centros urbanos e a saúde de nosso meio ambiente para as próximas gerações.
* Frank Koja é Diretor da Regional Sul da IBM Brasil
Muitas cidades ao redor do mundo enfrentam difíceis decisões financeiras e ambientais como o aumento da necessidade de energia, congestionamentos de tráfego e demanda por serviços públicos.
Hoje, os complexos sistemas que fornecem água, comida, energia e transporte à população urbana mundial estão sendo pressionados como nunca.
As pessoas procuram as cidades pela oportunidade de aumento de renda e mobilidade social.