
Apple Music vem aí para peitar Spotify. Foto: divulgação.
Uma batalha pelo mercado de streaming de músicas está se desenhando, depois de dois importantes anúncios realizados nesta semana: de um lado a Apple divulgou o lançamento de seu Apple Music, enquanto de outro o Spotify levantou US$ 526 milhões em investimentos para reforçar sua operação.
Revelado oficialmente na segunda-feira, 10, o Apple Music será lançado no dia 30 de junho em mais de 100 países, uma iniciativa ambiciosa em que a empresa de Cupertino quer chegar rapidamente a 100 milhões de assinantes.
O novo produto é o resultado da compra da Beats, fabricante de fones de ouvido e serviço de streaming fundada pelo rapper Dr. Dre, feita no ano passado por US$ 3,2 bilhões.
Além dos serviço de streaming on-demand, a Apple lançará uma rádio online 24 horas, iniciativa que deverá competir com o Pandora, serviço que conta com mais de 70 milhões de usuários globais.
Para chegar à ambiciosa marca de assinantes pretendida, a Apple deverá lançar o serviço em plataformas Android, uma medida curiosa já que a empresa de Tim Cook vive uma notória guerra pelo mercado de sistemas operacionais com o Google.
Entretanto, segundo destacam analistas, para vencer no cenário de streaming de música a Apple deve levar a guerra para todos os dispositivos disponíveis, ainda mais contra o Spotify, que soma 60 milhões de usuários - o equivalente a 86% do mercado de streaming de músicas on-demand.
Por sua vez, o Spotify firmou um acordo massivo de investimentos, proveniente de diversos fundos internacionais para apoiar a companhia contra a ameaça apresentada pela Apple.
Com este investimento, o maior já recebido pela empresa até o momento, o Spotify já conta com mais de US$ 1 bilhão em investimentos em seus nove anos de vida.
Segundo o Wall Street Journal, a empresa receberá US$ 526 milhões dos fundos Baillie Gifford, Landsdowne Partners, Rinkelberg Capital, Senvest Capital e Discovery Capital Management. Com o aporte, a companhia norte-americana eleva seu valor de mercado para US$ 8,53 bilhões.
O aporte vem em boa hora. Apesar da grande base de usuários, apenas 15 milhões de seus clientes são assinantes pagos, e a empresa opera com perdas, já que divide uma grande parte de seus lucros com as gravadoras.
Segundo o jornal novaiorquino, o novo financiamento servirá para o Spotify levar seu produto para outras formas de mídia e receita, adicionando conteúdos de vídeo e podcasts de parceiros como ESPN, NBC, e Comedy Central.