IMIGRAÇAO

Canadá fecha um pouco a porta

País decidiu reduzir o número de estudantes estrangeiros em 35%.

29 de janeiro de 2024 - 14:30
Foto: Depositphotos

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O Canadá estabeleceu um limite de vistos concedidos para estudantes estrangeiros em 35% em 2024, deixando o número total em 360 mil.

A limitação permanecerá em vigor por dois anos, com a revisão do limite para 2025 até o final deste deste ano.

Vale destacar que estudantes em programas de mestrado e pós-doutorado não estão incluídos no limite.

O número de estudantes estrangeiros no Canadá triplicou em uma década, ultrapassando um milhão em 2023.

Estudar é uma das opções mais populares para pessoas interessadas em migrar para o Canadá, que manteve uma política liberal de imigração ao longo da última década, atraindo um grande número de brasileiros, inclusive.

As grandes quantidades de moradores, no entanto, levaram a um aumento expressivo dos aluguéis nas grandes cidades, gerando insatisfação entre a população nativa e pressão política para restringir novas entradas.

A ideia das restrições é que elas sejam mais fortes nos locais onde há mais estudantes, mirando especialmente as chamadas “fábricas de diplomas”.

No meio ao oba-oba, muitas faculdades públicas se associaram a instituições privadas para estabelecer campi satélites em centros comerciais ou edifícios temporários. O motivo é simples: um estudante estrangeiro paga cinco vezes mais que um canadense em média.

O truque é que esses programas eram elegíveis para permissões de trabalho após a graduação, algo que faculdades privadas geralmente não podem oferecer e é crucial para a obtenção de residência permanente.

Para fechar essa brecha, a partir de 1º de setembro, estudantes nesses programas público-privados não serão mais elegíveis para uma permissão de trabalho

Além disso, nas próximas semanas, apenas cônjuges de estudantes internacionais em programas de mestrado e doutorado serão elegíveis para permissões de trabalho abertas.

Isso significa que parceiros de estudantes estrangeiros em outros níveis de estudo não poderão trabalhar. No geral, essas novas medidas tornam programas de diploma universitário menos atraentes para estudantes estrangeiros.