Enttry busca mercado internacional

A Enttry, novo nome da Guardian, empresa de soluções para impressão de Caxias do Sul, está dando seus primeiros passos no mercado internacional.

A companhia veio à Cebit meses depois de fechar seu primeiro contrato internacional com uma empresa de outsourcing de impressão portuguesa, que controla 1,2 mil máquinas em um banco com presença nacional.

09 de março de 2012 - 10:45
Thiarlei Machado Macedo, CEO da Enttry

Thiarlei Machado Macedo, CEO da Enttry

A Enttry, novo nome da Guardian, empresa de soluções para impressão de Caxias do Sul, está dando seus primeiros passos no mercado internacional.

A companhia veio à Cebit meses depois de fechar seu primeiro contrato internacional com uma empresa de outsourcing de impressão portuguesa, que controla 1,2 mil máquinas em um banco com presença nacional.

O modo como o contrato foi fechado é uma mostra do potencial dos softwares da empresa caxiense, que foi procurada pelo cliente português dias após otimizar seu site para o país e colocar alguns Google Ads direcionados.

No Brasil, a Enttry tem mais de 600 instalações de sofwares que permitem usar biometria para autorizar uma impressão, de maneira que a mesma só é feita com usuário ao lado da máquina, ou controlar o status e o uso das impressoras.

Em média, os clientes empresariais gerenciam de 20 a 30 impressoras, enquanto empresas de outsourcing de impressão - a Enttry não atua com terceirização, só vende o produto - usam os produtos em cerca de mil máquinas.

Atividade aparentemente trivial, imprimir um arquivo adquire outras dimensões em companhias que manejam dados críticos como a Eletronuclear, estatal responsável pela administração da usina nuclear de Angra e um dos clientes dos gaúchos.

Mesmo em empresas menores, o descontrole das impressões pode significar prejuízos, já seja por vazamento de informações ou apenas mero desperdício de papel e tinta.

“Ouvi um caso no qual uma faxineira recolhia documentos deixados na impressora e entregava para um concorrente”, confidencia Thiarlei Machado Macedo, CEO da Enttry.

Se os casos de roubo de informação não são tão comuns, o desperdício de papel é generalizado. Macedo conta que um cliente decidiu só informar aos funcionários sobre a implementação do controle de impressões após três meses, para ter uma ideia mais exata da economia.

“A queda no custo relacionado à impressão foi de 30%. Um funcionário estava imprimindo DomCasmurro e outros livros com direitos liberados cada noite, por exemplo”, comenta Macedo.

* Maurício Renner cobre a Cebit 2012 à convite da Softsul