ORIENTE

HP quer sair da China

Segundo a Nikkei, gigante quer tirar mais da metade da produção do país.

07 de agosto de 2024 - 06:19
Problemas geopolíticos mexem no mercado de PCs. Foto: Depositphotos.

Problemas geopolíticos mexem no mercado de PCs. Foto: Depositphotos.

A HP quer transferir mais da metade da produção de PCs hoje feita na China para novas fábricas instaladas na Tailândia.

A revelação é do site japonês Nikkei. A medida visa reduzir os riscos geopolíticos pelo aumento da tensão entre a China e Taiwan, aponta o site.

Caso confirmada, essa seria a movimentação mais agressiva de uma grande fabricante de PCs americana até o momento. 

Hoje a HP produz a maior parte dos seus PCs na China. Uma movimentação de metade da produção deve levar dois ou três anos, aponta a Nikkei.

No longo prazo, a ideia é que até 70% dos equipamentos sejam feitos fora da China. 

Os fornecedores da empresa também estão envolvidos. Pelo menos cinco deles já estão construindo novas instalações na Tailândia. 

Em paralelo, a HP está contratando 200 engenheiros e gerentes em Singapura, onde está sendo criada uma estrutura de backup para o centro de design hoje instalado em Taiwan.

Esse centro é responsável por projetar novos produtos e trabalhar com os fornecedores na cadeia de suprimentos.

A HP vendeu 52 milhões de PCs em 2023 e é a segunda maior fabricante, atrás apenas da chinesa Lenovo. 

Desde a época da Covid, grandes fabricantes de hardware, como Dell e Apple, já vinham buscando maneiras de diminuir a dependência da produção na China. 

A tensão do país com Taiwan e o aumento da guerra comercial com os Estados Unidos reforçaram a decisão. 

Os Estados Unidos têm aumentado o controle de exportação de chips de alta capacidade para a China, um produto chave para construir PCs com funcionalidades de inteligência artificial, os quais são vistos como a salvação da lavoura de um mercado estagnado.