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Logins oferecem acesso completo aos sistemas das autoridades cariocas (Foto: Agência Brasil)
Informações de login da Polícia Civil e Polícia Militar do Rio de Janeiro estão sendo vendidas por um grupo de cibercriminosos por valores que partem de R$ 12.
Segundo o site TecMundo, os logins oferecem acesso completo aos sistemas das autoridades cariocas, possibilitando checar boletins de ocorrência, quantidade de veículos, mandados de busca e apreensão, inquéritos policiais e intimações.
Além disso, permitiriam acessar dados de funcionários públicos, como nome completo, estado civil, endereço residencial completo, número de celular, telefone, nome dos pais, data de nascimento, tipo sanguíneo e religião.
Ainda de acordo com a publicação, não é possível quantificar o número de logins ofertados.
Segundo uma investigação realizada pela SafeLabs, as vendas de acesso acontecem em aplicativos mensageiros, como o Telegram e o WhatsApp, dentro de grupos voltados para o cibercrime.
Com o acesso em mãos, criminosos podem fraudar operações e documentos, roubar identidades, abrir contas laranjas, efetuar compras, financiamentos e empréstimos, além do risco pessoal para autoridades policiais com informações sensíveis expostas.
O login para o painel da Polícia Militar do Rio de Janeiro está sendo ofertado por R$ 40 em alguns casos. Outros, que compreendem órgãos e instituições como PCERJ, PMRJ, CADSUS e Credlink, acabam saindo por R$ 60.
Em setembro, um vazamento de dados de autoridades policiais já havia sido notícia.
Neste caso, um jovem de 14 anos de Curitiba foi acusado de liderar uma quadrilha que comercializava mais de 20 milhões de logins e senhas da Justiça, do Exército e da polícia de vários estados brasileiros, além do nível federal.
Com participação de outros menores de idade, o grupo cibercriminoso teria se unido através de comunidades de jogos no Discord, plataforma de comunicação que possibilita chamadas de voz e vídeo em grupo e oferece servidores de mensagens de texto.
Entre os dados, a quadrilha possuía mais de 3,6 mil logins e senhas do Tribunal da Justiça de São Paulo; 1,5 mil da Polícia Militar do estado; 500 da Polícia Federal; quase 150 do Exército; e 89 do Ministério Público de São Paulo.