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Uma pesquisa realizada pela Universidade de Stanford, na Califórnia, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro, sinaliza que, após o veto de celulares nas escolas, os alunos melhoraram o rendimento escolar.
Em média, os alunos aumentaram suas notas em 25,7% em matemática e 13,5% em português.
A pesquisa ouviu 919 diretores do ensino fundamental, o que equivale a 90% das escolas municipais da capital fluminense, e levou em conta somente os indicativos do uso do celular.
Um estudo semelhante foi aplicado nas escolas estaduais do Mato Grosso do Sul. A Secretaria de Educação do Estado realizou a pesquisa em 342 escolas, diretamente com os diretores.
Dentre os resultados, foi constatado que, em 233 unidades escolares (68,1%), o comportamento social dos estudantes melhorou em termos de convivência, interação e disciplina.
Já na questão de notas, ao final do primeiro semestre, foi superada a melhor nota média da história da rede, que até então era 7. Segundo o site Campo Grande News, que ouviu Hélio Daher, Secretário de Educação, o resultado está diretamente ligado ao veto dos celulares.
Por outro lado, há pesquisas que não apontam o mesmo resultado. Na Inglaterra, um estudo da Universidade de Birmingham, publicado no The Lancet Regional Health em fevereiro de 2025, mostrou resultados diferentes.
A pesquisa comparou 1.223 alunos de 30 escolas britânicas, entre as que proíbem e as que permitem o celular. Lá, não foram identificados resultados significativos na saúde mental nem melhora nas notas de inglês e matemática.
Os resultados apontam que, apesar de não influenciar significativamente a performance escolar dos ingleses, as intervenções são necessárias, mas precisam caminhar em conjunto com medidas adotadas pelos pais.
No Brasil, as discussões sobre o veto ao celular nas escolas percorreram o ano de 2024 e, em fevereiro de 2025, o governo federal sancionou a Lei nº 15.100/25, restringindo o uso do aparelho, seguindo modelos de países como França, Espanha e Itália, entre outros.