
No Brasil, 500 mil imóveis são monitorados por sistemas de segurança. Nos últimos oito anos o mercado cresceu em média 13% e faturou, só no ano passado, quase R$ 1,5 bilhão, conforme dados da Abese - Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança.
De olhos nestes números, a STV, prestadora de serviços de segurança, como aposta no desenvolvimento de novas tecnologias para diferenciar-se no mercado de segurança privada, e para isso criou um grupo interno para atuar no planejamento e estudo de novos sistemas.
Segundo Rodrigo Ribeiro da Silva, responsável pela TI da divisão de Serviços da STV Porto Alegre, a equipe de especialistas técnicos tem desenvolvido soluções peculiares, como o sistema de fiscalização eletrônica dos postos de portaria.
A ferramenta busca impedir que o porteiro durma em serviço: a cada período de tempo – determinado pelo cliente – um alarme dispara e o vigia deve digitar uma senha. Caso não efetue o procedimento, ou realize de forma incorreta, o sistema aciona a central da STV, que imediatamente entra em contato com o posto da portaria correspondente.
“Como inspiração para buscar novas tecnologias participamos de feiras e avaliamos o que já existe no mercado, além das necessidades dos nossos cientes. O objetivo é agregar a tecnologia ao homem lá na ponta”, explica Ribeiro da Silva.
Além de desenvolver sistemas próprios, a STV também conta com a tecnologia das catarinenses Segware, que fornece a solução Sigma para monitoramento de alarmes, e Seventh, desenvolvedora do CFTV - sistema para monitoramento de imagens e automação inteligente.
Para cada uma das soluções, a empresa gaúcha conta com 250 clientes. Da Seventh, foram adquiridas três licenças de conexões e uma de acesso, com custo mensal de manutenção de R$ 70 reais para a STV, e em torno de R$ 200 para o usuário.
Já da Segware foi comprada uma licença com capacidade de suportar até 500 clientes e custo mensal de R$ 400 e R$ 180, para a empresa e cliente, respectivamente.
A parceria com a Seventh iniciou em 2007, e surgiu como alternativa à tecnologia de Taiwan anteriormente utilizada pela empresa de segurança.
“A troca de parceiro foi motivada pela questão do suporte, idioma, e também pelo fato de a solução nacional adequar-se melhor à realidade e necessidade dos brasileiros”, justifica o gerente de TI.
Outro fator que contribuiu para a troca da tecnologia importada foi o sistema de banco de dados do sistema da Segware, utilizado pela empresa gaúcha desde 2004, que apresentou total integração com o software da Seventh.
O CFTV roda na plataforma Windows, enquanto que o sistema chinês trabalhava apenas em DOS, o que de acordo com Ribeiro da Silva, dificultava o funcionamento das plataformas.
As duas soluções catarinenses estão presentes nas unidades da STV de Novo Hamburgo, Caxias do Sul, Canoas, São Leopoldo e Xangrilá.
A STV tem atuação nas áreas de segurança residencial, médias e grandes empresas e comércio, condomínios residencias e comerciais, rastreamento veicular e transporte de valores.