SEGURANÇA

Stefanini compra Safeway

Segue a corrida por empresas de porte médio em nicho aquecido da TI.

10 de março de 2023 - 07:03
Marco Stefanini, fundador e CEO Global do Grupo Stefanini.

Marco Stefanini, fundador e CEO Global do Grupo Stefanini.

A Stefanini comprou uma participação majoritária na Safeway, uma consultoria paulista de segurança da informação com cerca de 300 funcionários.

Não foi revelado o valor do negócio. 

A Safeway conta com uma base de 200 clientes, mais de 450 mil horas de consultoria de prevenção a fraudes e ataques cibernéticos realizadas e 35 mil ativos monitorados pelo seu centro de operações de segurança, que gerencia redes, analisa possíveis vulnerabilidades e responde a incidentes.

O CEO é Umberto Rosti, um profissional com passagens por gigantes de consultoria empresarial como PWC e EY, que fundou a Safeway há 15 anos, em 2007.

“A nossa oferta de cibersegurança é estratégica para a Stefanini e temos um plano agressivo de investimentos para os próximos anos”, afirma Marco Stefanini, fundador e CEO Global do Grupo Stefanini.

Não é a primeira compra da Stefanini nesse nicho. Em 2020, a gigante brasileira comprou a Cyber Smart Defense, uma pequena empresa da Romênia especializada em teste de vulnerabilidade de servidores (a Stefanini já tinha uma operação própria no país).

Antes, em 2016, a Stefanini fechou uma joint-venture para soluções de ciber segurança, inteligência avançada e segurança pública com a gigante israelense de defesa Rafael.

Na época, a Stefanini frisou em nota que um dos principais focos seria na segurança da automação industrial, especialmente em torno da tendência de Internet das Coisas (IoT).

O Grupo Stefanini fechou 2022 com um faturamento de R$ 6,2 bilhões, o que representa uma alta de 24% frente aos resultados do ano anterior.

Os players do segmento de segurança são discretos e não costumam falar dos negócios que fecham, mas qualquer um que leia o noticiário sabe do potencial do mercado no Brasil, pela quantidade de ataques que vêm à público.

Outra prova do aquecimento é uma verdadeira corrida entre grandes organizações como a Stefanini pela expertise de empresas de tamanho médio do nicho de segurança, como a Safeway.

Ainda em fevereiro, a Accenture adquiriu a Morphus, uma empresa cearense especializada em cibersegurança com 230 funcionários, por um valor não revelado.

Em 2020, a Accenture já havia comprado a carioca Real Protect, especializada em segurança, com destaque para os MSS, na época com 90 funcionários.