
Amaggi é uma potência do agro brasileiro. Foto: Divulgação.
A Amaggi, uma das empresas do agronegócio brasileiro, migrou o seu sistema de gestão para o S/4 Hana, última versão do ERP da SAP, em um projeto entregue pela Mignow.
A migração começou em abril de 2023, encerrando a implementação em outubro, um mês antes do prazo previsto.
O projeto foi feito dentro do Rise With SAP, uma iniciativa da multinacional alemã para facilitar a migração dos clientes do ECC para o S/4 rodando na nuvem.
Em nota, a SAP não chega a revelar se algum parceiro esteve envolvido.
“Saímos de um modelo Capex para Opex. Deixamos de comprar equipamentos e licenças. A manutenção do ambiente reduziu custos. Hoje, em qualquer incidente de parada, a solução da SAP atua muito rápido, sem precisar abrir chamado. Isso ajuda muito", explica Wagner Biasi, gerente de TI e Centro de Serviços Compartilhados da Amaggi.
Biasi também aponta os benefícios de desempenho do S/4, que roda em banco de dados em memória, o que garante mais velocidade nos processos.
Apenas com a produção de relatórios, houve ganho de eficiência de mais de 90%. Antes, todo o processo demorava aproximadamente uma hora e, com o S/4 Hana, termina em cinco minutos.
Outro ponto importante é a emissão de nota fiscal, que ficou 80% mais rápido, garantindo um atendimento mais ágil para o transporte de insumos.
"O SAP S/4 Hana é muito performático e deixou o sistema 10 vezes mais rápido", comenta Marcos Santos, Head de soluções SAP da Amaggi.
Fundada em 1977 em São Miguel do Iguaçu, no interior do Paraná, a Amaggi estava em 2022 entre as 10 maiores empresas do agro brasileiro listadas pela Forbes, com um faturamento na casa de R$ 38,21 bilhões. A empresa pretende dobrar de tamanho até 2030.
GANHO DUPLO PARA A SAP
A migração para o S/4 da Amaggi, uma das empresas vitrine do agro brasileiro, é uma vitória dupla para a SAP.
Primeiro, pela migração em si, que é um objetivo estratégico da SAP, na medida em que se aproxima o fim do suporte normal dos softwares da ECC.
Outro ponto importante é que a Amaggi havia fechado um contrato de suporte terceirizado com a Rimini para o seu ECC, divulgado em 2022.
Na maioria dos casos, as empresas que fecham esse tipo de contrato visam postergar a migração para o S/4, deixando o ECC em uso por mais alguns anos.
A SAP conseguiu convencer a Amaggi do contrário relativamente rápido.