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Foto: Pexels
A Loft e a Facily, duas startups que fazem parte do seleto grupo de unicórnios brasileiros, empresas com valor de mercado que superam US$ 1 bilhão, chamaram atenção nesta semana pelo mesmo motivo: fizeram demissões em massa.
Na Loft, voltada à compra e venda de imóveis, foram cerca de 159 funcionários demitidos e outros 52, realocados.
Segundo informações confirmadas ao site InfoMoney pela assessoria de imprensa da Loft, as áreas afetadas foram de operação, comercial, produto e tecnologia.
Os profissionais realocados vão trabalhar para outras empresas do grupo, como CredPago, Nomah e Vista, além da própria Loft.
Ao Estadão, a startup afirmou que vai custear dois meses de plano de saúde aos colaboradores demitidos, além de três meses de LinkedIn Premium, serviço de assinatura da rede social corporativa.
Fundada em agosto de 2018 pelo alemão Florian Hagenbuch e pelo húngaro Mate Pencz, a Loft compra apartamentos usados, faz reformas com empreiteiros parceiros e revende por valores até 45% maiores que o preço original.
No início de 2020, a empresa se tornou o 11º unicórnio brasileiro após receber um investimento de US$ 175 milhões em rodada liderada pelos fundos Andreessen Horowitz, Fifth Wall Ventures e Vulcan Capital.
Na Facily, focada na área de supermercado on-line, o Estadão apurou que o número de demitidos pode chegar a 200, somando as áreas de dados, suporte, produtos, engenharia, pesquisa e atendimento.
Já uma lista assinada voluntariamente e divulgada por uma ex-funcionária aponta 84 pessoas desligadas. A startup disse ao jornal que não vai revelar o número total de demissões.
“A Facily busca constante evolução e eficiência para melhorar a experiência de todos que fazem parte e interagem com a empresa. Mudanças, inclusive em times, são necessárias para isso”, afirmou a Facily em nota.
A Facily é um e-commerce criado em 2018 que tem entre seus fundadores Diego Dzodan, ex-country manager da SAP. No caso dela, os cortes ocorreram cerca de quatro meses após a companhia ser avaliada em US$ 1 bilhão, com um aporte de US$ 135 milhões.
É uma grife para relativamente poucos no Brasil. De acordo com o Distrito, ecossistema independente de startups, são apenas 21 no país. Entre eles, também estão nomes como Unico, 99, Nubank, iFood, Gympass, Loggi, QuintoAndar, Ebanx, Wildlife e VTEX.