Esse é o A380, da Air France. Foto: Divulgação.
A Gol anunciou uma parceria estratégica com a Air France-KLM nessa quarta-feira, 19, para cooperação de longo prazo em rotas entre o Brasil e a Europa. Faz parte do acordo um investimento de US$ 100 milhões na companhia brasileira.
Desse valor, US$ 52 milhões foram em ações da Gol, o que representa uma participação de 1,5% no capital.
Outros US$ 48 milhões serão pagos em dinheiro, sendo que US$ 23 milhões serão para o desenvolvimento de ferramentas de vendas e sistemas, treinamento e ações de publicidade e US$ 25 milhões como recompensa pagos em dois anos.
A parceria ainda depende da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Se autorizada, as empresas poderão expandir o compartilhamento de voos, a venda conjunta de passagens e integrarão seus programas de milhagens.
Dessa forma, as companhias pretendem aumentar o fluxo de passageiros e de cargas, além de diminuir custos e o tempo entre conexões.
"Esse acordo confirma nossa estratégia de estabelecer parcerias duradouras em regiões com relevante potencial de crescimento", disse em comunicado o presidente da Air France-KLM, Alexandre de Juniac.
Serão 318 destinos oferecidos em 115 países.
A partir do dia 31 de março a empresa franco-holandesa irá operar uma nova rota para Brasília, com três voos por semana.
Além disso, a companhia terá uma operação regular entre Paris-Charles de Gaulle e São Paulo com o maior avião de passageiros, o Airbus A380.
A aeronave tem 72,72 metros de comprimento, 79,75 metros de envergadura, 24,09 metros de altura.
Até hoje, o A380 com a maior capacidade de passageiros fabricado foi para a Air France, que pode levar cerca de 530 passageiros.
Em 2013, a estrangeira registrou um prejuízo líquido de € 1,83 bilhão, queda de 49,1% ante 2012. A receita líquida teve alta de 0,4%, para € 25,52 bilhões.
Enquanto isso, o Ebitda fechou em € 1,86 bilhão, alta de 33, 1%.
Não é a primeira vez que a Gol faz um negócio desse tipo. Em dezembro de 2011, a Delta fez um aporte de US$ 100 milhões na Gol, adquirindo 3% do capital.