
Barra, campeão da série D. Foto: Tiago Winter/Barra FC
O Barra, clube de futebol catarinense sediado em Balneário Camboriú, se consagrou campeão brasileiro da série D no final de semana, iniciando uma trajetória que tem muito que ver com o alemão Hoffenheim.
Em campo, o Barra empatou em 0x0 com o tradicional Santa Cruz de Recife no sábado, 5, levando o título pelo resultado de 2x1 obtido no jogo de ida, realizado em Pernambuco.
O clube catarinense é o segundo mais precoce a conquistar pela primeira vez uma quarta divisão nacional. O time foi fundado em 2013, levando 12 anos para faturar um título, um pouco mais do que os oito do pernambucano Retrô, outro clube tocado por empresários.
O Barra parece estar no começo da rota de ascensão um dia feita pelo Hoffenheim, o time alemão que também saiu do nada e hoje está na primeira divisão na Alemanha. Os dois times têm um comum um apoiador de peso: a SAP.
No caso do Hoffenheim, a relação é mais direta. O time é bancado pelo bilionário Dietmar Hopp, um dos fundadores da SAP, e o estádio fica a meia hora de carro da sede da multinacional alemã em Waldorf.
A SAP é patrocinadora do Hoffenheim, leva jornalistas para visitar o centro de treinamento e usa o Hoffenheim como uma espécie de “showroom” de tecnologias para o esporte, mas não é diretamente a dona do clube.
A relação do Barra com a SAP não é totalmente clara. Sites de jornalismo esportivo como o G1, e os fãs de futebol catarinense em geral afirmam que a multinacional alemã é “dona” do clube, mas na prática talvez a coisa não seja bem assim.
O atual diretor-executivo do Barra é um alemão, Sebastian Bacher, que trabalhou por 10 anos no Hoffenheim. O clube catarinense mantém intercâmbio de jogadores com o clube alemão, mas as ligações visíveis ficam por aí.