
Supercomputador deve ajudar a explorar reservas de gás. Foto: flickr.com/photos/chberge/4084652166
A BG Brasil, subsidiária nacional da gigante de óleo e gás British Gas, vai investir US$ 21,7 milhões na construção de um supercomputador a ser instalado em uma unidade do Senai em Salvador até janeiro de 2014.
Com verbas recebidas do governo, o investimento total chega a US$ 32,1 milhões. A máquina terá capacidade para realizar 300 a 400 trilhões de operações por segundo (Tflops).
“O supercomputador resultará em um centro de excelência em imageamento sísmico e modelagem de nível internacional, contribuindo significativamente pra estudos em campos complexos de óleo e gás, como os do pré-sal”, afirma o presidente da BG Brasil Nelson Silva.
A prioridade é o estudo e aprimoramento da tecnologia chamada Full Waveform Inversion (FWI) para o processamento de dados sísmicos 3D e 4D de dimensões industriais pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte em parceria com a Universidade de British Columbia (Canadá) e a Imperial College London, ambas referências mundiais em FWI.
Apesar de ser o equipamento do tipo mais potente da América do Sul, o supercomputador baiano ainda é pequeno em relação aos maiores do mundo. O chinês Tianhe-2, rankeado em junho como o maior do mundo, roda a 33.86 Pflops, ordens de grandeza a mais rápido.
O projeto do supercomputador faz parte da estratégia de tecnologia da BG Brasil, que prevê o investimento de cerca de US$ 30 milhões em pesquisa e desenvolvimento em 2013. Até 2025, o BG Group, do qual a BG Brasil faz parte, deve investir até US$ 2 bilhões em tecnologia no país.
Em março, o BG Group já havia anunciado a construção de um centro tecnológico no Parque Tecnológico do Fundão, na zona norte do Rio de Janeiro, com previsão de ser entregue também em janeiro do ano que vem.
A BG Brasil é parte do BG Group, que atua nas áreas de exploração e produção de óleo e gás e de gás natural liquefeito em mais de 20 países.
No pré-sal da Bacia de Santos, a BG Brasil tem participação em quatro blocos. É operadora de 10 blocos da Bacia Barreirinhas, na Margem Equatorial do Maranhão.
A companhia conta com um programa multibilionário para o pré-sal, já investiu mais de US$ 5 bilhões no país e deve investir até 2025 entre US$ 1,5 bilhão e US$ 2 bilhões em pesquisa e desenvolvimento.