CHEGADAS

e-Core traz Postman para o Brasil

Empresa é um player de peso no nicho de gestão do ciclo de vida de APIs.

15 de setembro de 2025 - 10:37
Bernardo Petro, diretor de Vendas para LATAM na e-Core.

Bernardo Petro, diretor de Vendas para LATAM na e-Core.

A e-Core, uma empresa de desenvolvimento de software sediada em Porto Alegre, acaba de se tornar representante exclusiva no país da Postman, uma empresa americana em alta no nicho de gestão de ciclo de vida de APIs. 

O Postman API Platform cobre todo o ciclo de APIs: desde design, teste, documentação, até produção, colaboração entre equipes.

A empresa tem 40 milhões de usuários e um faturamento de US$ 313 milhões no ano passado. 

Em agosto de 2021, a Postman fechou uma rodada de investimento Série D de US$ 225 milhões, avaliando a empresa em cerca de US$ 5,6 bilhões.

O plano da e-Core inclui treinamentos, certificações e eventos, além de serviços de consultoria para ajudar na implementação do produto. 

“Queremos posicionar o Brasil em outro patamar no uso de APIs. Para isso, vamos validar, na prática, as necessidades locais. É um aprendizado contínuo, mas com grande potencial de transformação”, explica Bernardo Petro, diretor de Vendas para LATAM na e-Core.

A e-Core não chega a ser uma novata no que diz respeito a atender operações de tecnologia. 

A empresa é há quase 20 anos parceira da Atlassian, multinacional australiana cujas soluções são muito usadas para gerenciar times de desenvolvimento de software.

Além disso, a própria e-Core é uma operação sofisticada, com 700 profissionais, muitos deles atuando em projetos para clientes fora do país. 

O Brasil ocupa posição de destaque no mercado de APIs. Segundo estudo da F5 Networks, com dados da própria Postman, o país é o terceiro maior consumidor de APIs no mundo e o quarto maior publicador. 

Apesar da relevância global, a e-Core acredita ainda existem lacunas estratégicas no mercado local, especialmente em governança, monetização e segurança das integrações.

“O Brasil é um país avançado em áreas como o setor financeiro, com open banking e monetização de APIs, mas ainda há um distanciamento em relação aos grandes fabricantes de software que dão suporte a esse ecossistema. Nossa missão com a Postman é encurtar essa distância”, afirma Petro.

De fato, a reportagem do Baguete não tem notícia de presença mais direta no Brasil da Insomnia, Paw e Hoppscotch, três empresas que tem em comum os nomes curiosos e o fato de serem considerados os grandes concorrentes da Postman. 

Uma empresa brasileira, no entanto, é a referência no país quando se fala no tema APIs: a Sensedia, um spin-off da CI&T, uma grande companhia campinense na área de desenvolvimento de software.

Entre os seus clientes, estão nomes como Sicredi, Stefanini, SulAmérica, Natura, Cielo, Honda, Cinemark, Elo e Netshoes.

A Sensedia, no entanto, não chega a ser considerada uma concorrente frontal da Postman. 

O forte dos brasileiros é segurança, monitoramento, governança e integração, aspectos mais próximos de infraestrutura e compliance, enquanto a Postman cobre mais o lado do desenvolvimento e colaboração.