
Robson Magalhães, presidente da Anastic. Foto: Divulgação/Anastic.
Acaba de ser fundada a Associação Nacional dos Servidores de Tecnologia da Informação e Comunicação do Poder Judiciário e do Ministério Público (Anastic).
Com sede em Brasília, a associação já nasce com 400 integrantes, número que deve dobrar para 800 até o final do ano.
Ao todo, o Poder Judiciário e o Ministério Público tem 4,4 mil servidores de TIC espalhados pelo país.
(Para ficar mais claro: o Poder Judiciário inclui todos os tribunais, desde o Supremo Tribunal Federal até os Tribunais de Justiça estaduais, passando pelos tribunais do Trabalho e Eleitoral).
A primeira bandeira da Anastic é a introdução em nível nacional de uma “gratificação específica” para os servidores que atuam nas áreas de TI, uma medida que já existe em alguns estados.
Em nota, os fundadores da Anastic falam em uma “elevada taxa de turnover” dos profissionais de TI nos órgãos do judiciário, que trocam seus empregos por outros postos da administração pública e para a iniciativa privada.
“Por meio da Anastic, poderemos defender as pautas específicas dos nossos associados, que até o momento estavam relegadas a segundo plano pelas demais entidades sindicais e associativas”, afirma Robson Magalhães, presidente da Anastic e servidor do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios.
Os fundadores da Anastic têm um benchmark óbvio: a Associação Nacional dos Analistas em Tecnologia da Informação (Anati).
Fundada em 2010, a Anati tem uma pauta similar, demandando melhorias financeiras para a categoria visando diminuir a rotatividade de profissionais nas áreas de TI do governo.
No caso da Anati, a principal reivindicação era uma revisão do plano de cargos e salários dos analistas de TI, o que, aliás, acabou de acontecer.
A Anastic parece ter um terreno ainda mais fértil para trabalhar. Além de ter tradicionalmente mais recursos para salários do que o Executivo, o Judiciário vem passando nos últimos sucessivas crises causadas por problemas de cibersegurança, o que reforça a necessidade de ter times sólidos na área de TI.