
Cadê o funcionário que estava aqui? Foto: Depositphotos.
O Wells Fargo, uma das maiores instituições financeiras dos Estados Unidos, demitiu 12 funcionários por usarem tecnologia que simula o uso de um teclado.
Com o truque, os profissionais conseguiram enganar os softwares de controle de produtividade, pelo menos por um tempo.
O caso foi revelado para as autoridades regulatórias americanas e acabou sendo tema de uma matéria na Bloomberg.
Segundo documentos enviados pelo Wells Fargo, os profissionais foram demitidos depois que se comprovou que eles “simulavam o uso dos teclados para criar a impressão de trabalho ativo”.
Infelizmente, não existem maiores detalhes sobre como exatamente isso era feito, por quanto tempo, ou se os funcionários trabalhavam em casa.
Segundo o The Register, os funcionários do Wells Fargo trabalham no escritório três vezes por semana desde 2022. Quanto à fraude em si, existem algumas possibilidades.
Já há alguns anos existem softwares grátis e fáceis de usar, com os quais é possível simular a digitação em um teclado, ou até mesmo atividades mais complexas como abrir programas de computador e enviar e-mails (também falsas, é claro).
Esse tipo de software serve para ludibriar outros programas, encarregados de monitorar o trabalho, usando para isso indicadores como atividade no teclado, ou nas principais ferramentas de trabalho.
Mas, como o The Register também aponta, grandes empresas como o Wells Fargo têm todas as condições de bloquear a instalação de um software desse tipo (pelo menos em teoria, porque a prática pode ser outra).
Restariam daí algumas alternativas físicas, como os chamados “mouse jigglers”, um equipamento parecido com um mousepad normal, com o qual é possível simular o uso de um mouse. Também existem braços robóticos que podem digitar em um teclado.