
O passado é o passado, Kodak. Foto: flickr.com/photos/michaelraso.
Depois de 19 meses de insolvência, a Kodak está se movimentando para ressurgir das cinzas e apagar o rastro de erros que deixaram a empresa no passado e na falência desde o início de 2012.
O sinal é a aprovação da corte norte-americana ao plano de reorganização da companhia, apresentado nesta terça-feira, 21.
Segundo destaca o Financial Times, a empresa norte-americana cortou custos, reduziu boa parte de suas operações e vendeu algumas de suas patentes durante o período de falência.
De acordo com o jornal, a nova Kodak será compacta, focando em clientes corporativos em vez de investir novamente em vendas para o consumidor final, mercado em que a empresa fez sua fortuna e fama.
Por sinal, foi uma série de decisões erradas em sua política para o mercado consumidor que a empresa cavou sua própria cova, se atrasando na entrada dos equipamentos de fotografia digital, quando era líder de vendas em equipamentos fotográficos analógicos.
Um dos principais mercados em que a Kodak investirá é o de fornecimento de película para a indústria cinematográfica, que deve crescer 30% até 2017 segundo executivos da empresa. Outra frente é o de equipamentos para impressão e embalagens.
Com a renovação, o valor das ações na bolsa da companhia será zerado, com o controle da nova empresa passando para um grupo de credores. Segundo o acordo aprovado pela justiça, o grupo receberá 85% das ações da Kodak, avaliadas em US$ 400 milhões.