RUMO A R$ 100 MILHÕES

Mtel: nova unidade e combate ao crack

Nova unidade já fechou contratos grandes, como um com o governo federal para o programa Crack, é Possível Vencer.

17 de abril de 2013 - 12:02
Valmor Fernandes. Foto: divulgação.

Valmor Fernandes. Foto: divulgação.

O Grupo Mtel lança sua unidade de segurança eletrônica, com a qual projeta faturar R$ 100 milhões já no primeiro ano de operação.

A expectativa otimista - e ousada, visto que no primeiro semestre de 2012 o grupo todo teve receita de R$ 81 milhões, alta anual de 25% - se deve a negócios já em andamento, como um contrato firmado com o governo federal para fornecimento de tecnologia ao programa “Crack, é Possível Vencer”.

“Este projeto terá grande impacto social e nos permite contribuir com a promoção de ferramentas de inteligência para segurança pública”, afirma o diretor Comercial da nova área da Mtel, Valmor Fernandes.

Ele explica que, inicialmente, a nova divisão da companhia irá seguir a natureza do mercado de segurança, com 70% das vendas para governos e 30% para o setor corporativo.

Já o presidente do grupo no Brasil, Mauricio Blanco, explica que a criação de uma nova divisão de negócios no setor da segurança se dá pela convergência dos dispositivos IP conectados em rede.

"Atualmente a segurança física de uma empresa ou de um ambiente público, como praças, ruas, vai muito além de homem/arma e passa a ser também uma responsabilidade do CIO das organizações.

Para suprir esta demanda, a nova divisãod da Mtel entra com soluções de armazenamento e compartilhamento seguro de dados e imagens, cabeamento ultra banda larga, sistemas wireless, biometria, reconhecimento facial, catracas eletrônicas, câmeras HD de vigilância e monitoramento, circuitos interno e externo de TV, sistemas de alarme e intrusão,  entre outras.

De acordo com a ISC Brasil, o mercado de Equipamentos de Segurança Eletrônica (ESE) no Brasil deve atingir R$ 1,8 bilhão até 2016, o que representa uma média de crescimento anual em torno de 17,36%.

“A crescente taxa de criminalidade no país, de 20,4 homicídios por 100 mil habitantes, resulta em demanda por segurança eletrônica. Os grandes eventos esportivos de 2014 e 2016 são esperados como catalisadores para o crescimento deste mercado”, avalia Blanco.

O alinhamento destes eventos com as áreas de construção civil, no que se inclui habitação, hotelaria, infraestrutura urbana, e de transporte, entre outros setores sinérgicos, também incrementam a demanda por segurança, analisa ele.

“As novas tecnologias disponíveis no mercado permitem uma melhor integração entre os sistemas de segurança, fazendo com que o fenômeno de crossselling impulsione a venda de soluções”, finaliza.

A empresa também trabalha com parceiros como Cisco, EyeLock, ISS, HDS, BRS Labs, Axis, entre outros.

Adquirida pelo fundo de private equity AlothonGroup em agosto de 2011, a Mtel tem sede em Taubaté e escritórios em Brasília, Rio de Janeiro e, em breve, planeja abrir em Porto Alegre.

O grupo também oferec e serviços de locação de equipamentos como despesa (Opex) e não como ativo fixo (Capex), e, de seus dois centros de operações (de rede e segurança – NOC/SOC), gerencia mais de dez mil equipamentos.

Ao todo, o grupo emprega mais de 300 colaboradores diretos, grande parte alocados em clientes.