Empresários tentam desenhar uma terceira via. Foto: Depositphotos.
Um membro importante de um dos grupos de empresários e executivos do Brasil começou uma articulação em busca de um nome de “centro” para concorrer nas eleições presidenciais de 2026.
Segundo revela a Bloomberg, o grupo está em conversas com “cinco nomes” de presidenciáveis que considera alinhados aos temas mais urgentes: redução de barreiras às parcerias público-privadas, fortalecimento da segurança pública e melhoria da educação.
Quem são os cinco presidenciáveis, o grupo não revela, e quem é o grupo, a Bloomberg não revela.
Na matéria, fala Fábio Barbosa, presidente do conselho da Natura, que já havia liderado uma movimentação similar em torno do nome da senadora Simone Tebet (PMDB) nas últimas eleições.
Naquela ocasião, o movimento evoluiu para um manifesto de apoio à candidatura da senadora Tebet, assinado por pesos pesados como Walter Schalka (Suzano); Anton Passos (Natura); Horacio Lafer Piva (Klabin) e Antonio Carlos Pipponzi (Raia Drogasil).
Da área de tecnologia, num movimento atípico para um setor reticente sobre esse tipo de ações, assinaram Laercio Cosentino, presidente do conselho de administração da Totvs, e Cesar Gon, CEO da CI&T.
Tebet, hoje ministra do Planejamento no governo Lula (PT), ficou na época com menos de 5% dos votos, em uma campanha polarizada desde o começo entre Lula e Jair Bolsonaro, precisamente o cenário que os apoiadores de Tebet queriam evitar.
Para o ano que vem, o temor é de uma nova polarização. Lula vai buscar seu quartomandato. Nesta semana, Bolsonaro nomeou seu filho Flávio como sucessor.
À Bloomberg, Barbosa disse que o grupo de apoiadores de Tebet “tirou lições da experiência” e agora trabalha para tornar um novo candidato viável, ampliando também a conversa com “líderes partidários e segmentos mais amplos da sociedade civil”.
“As políticas propostas por esse pessoal de centro, centro-direita racional, como a gente chama, também quer o bem social do país. A questão é só de como encaminhar”, disse Barbosa para a Bloomberg.
