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Centro Tecnológico da UFSC - Foto: Henrique Almeida
A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) formou mais de 66 mil empreendedores desde a década de 60, com esses profissionais criando ou liderando 107 mil empresas espalhadas pelo país — a maioria na área de tecnologia.
Os dados levantados pelo Departamento de Inovação da UFSC (SINOVA) apontam que o Centro Tecnológico da instituição formou 17,5 mil empreendedores, seguido pelo Centro de Ciências da Saúde (11,7 mil) e pelo Centro Socioeconômico (11,4 mil).
Entre as empresas de tecnologia criadas com o DNA da universidade, estão Nanovetores, Softplan, Pixeon, Teltec, Nanoscoping, Mobway, Carbon Free Brasil, Guia da Alma, Mill, Bioitz, JogaJunto e Pollis.
O Grupo Teltec, catarinense de soluções de tecnologia da informação e comunicação, tem como CEO Diego Brites, engenheiro eletricista formado pela UFSC e atual presidente da Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE).
“A universidade ganha muito por estar em Santa Catarina, um estado de cultura empreendedora por causa de fatores históricos e sociais. Ao mesmo tempo, Santa Catarina ganha muito por ter a UFSC como um espaço de formação profissional crítico e que forma milhares de empreendedores desde o início”, afirma Brites.
O estudo ainda aponta a criação de 34,9 mil microempresas, 28,2 mil MEIs (microempreendedores individuais), 16,7 mil empresas de médio a grande porte e 8,1 mil de pequeno porte, além de um crescimento maior a partir de 2020.
A maior parte dos empreendedores está na faixa entre 26 e 45 anos, sendo 45% do sexo feminino e 55% do masculino, com abertura dos negócios em até 10 anos após o final da passagem pela universidade.
A UFSC também é destaque no ranking do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), onde ocupa a 20ª posição como depositante residente de patentes de invenção, com 37 depósitos somente em 2024.
No ranking de depositantes residentes de programas de computador, a universidade aparece em 11º lugar, com um total de 41 depósitos no INPI, subindo 16 posições em relação a 2023. Nos programas de computador, o avanço foi ainda maior, com crescimento de 35 posições em comparação ao ano anterior.
Fagner Ramos
Jornalista no Baguete Diário