SAÚDE

CIOs da saúde se unem contra malwares

Empresas da área vão compartilhar informações por meio da ABCIS.

15 de setembro de 2025 - 10:56
Sonia Poloni - CEO da ABCIS (Foto: Divulgação)

Sonia Poloni - CEO da ABCIS (Foto: Divulgação)

CIOs de hospitais, laboratórios e outros serviços de saúde, vão compartilhar informações sobre ataques cibernéticos, visando aumentar a segurança das organizações, um dos alvos favoritos de hackers nos últimos tempos. 

A colaboração se dará por meio da Associação Brasileira CIO e Líderes de TI em Saúde (ABCIS). 

Para Lucio Comanche, Chief Information Security Officer (CISO) no A.C.Camargo Cancer Center, a proteção de dados sensíveis é um dos maiores desafios da saúde. 

“Prontuários médicos e informações de pesquisa estão entre os principais alvos de cibercriminosos. Nesse cenário, contar com uma plataforma robusta de compartilhamento de informações sobre ameaças é fundamental, e é exatamente esse o papel da plataforma”, afirma.

A ABCIS já conta com um grupo de 150 profissionais de segurança da informação que cooperam entre si todos os dias por meio de uma comunidade criada há um ano e meio.

Com esse novo espaço, será possível escalar de forma estruturada a comunidade já estabelecida.

Há 13 anos em atuação, a Associação Brasileira CIO e Gestores de Tecnologia em Saúde é uma entidade pública e privada não-governamental, apartidária e sem fins lucrativos.

A organização foi criada para suprir a necessidade de uma entidade que fosse capaz de reunir os gestores de TI em torno dos desafios comuns em um setor com as particularidades e complexidades encontradas no setor de saúde.

PROBLEMA SÉRIO

De acordo com um relatório recente da Healthcare Information and Management Systems Society, organização global referência em transformação digital da saúde, o phishing responde por 63% das ocorrências como principal porta de entrada dos ciberataques, seguido por spear-phishing, SMS phishing e comprometimento de e-mails corporativos. 

Além disso, deepfakes já começam a ser usados como vetor de ataque, sendo 6% em imagem, 4% em áudio e 3% em vídeo. 

Outro dado crítico é que apenas 45% das organizações testam regularmente seus planos de resposta a incidentes por meio de simulações.

Quando o assunto é ransomware, 13% das instituições sofreram ataques no último ano, 62% optou por não pagar o resgate.