AMÉRICA LATINA

Déficit em especialistas de rede subirá 35%


08 de março de 2013 - 14:17
Vai sobrar emprego na área de redes, diz IDC. Foto: divulgação.

Vai sobrar emprego na área de redes, diz IDC. Foto: divulgação.

Um estudo divulgado pela IDC nesta semana destacou que até 2015 a demanda na América Latina por profissionais de TI especializados em rede será 35% maior que a força de trabalho disponível, chegando a um déficit de aproximadamente 296 mil trabalhadores.

Segundo destaca o IDC, que realizou o levantamento sob encomenda da Cisco, este saldo negativo pode afetar fortemente a competitividade dos países da região, informa a Computerworld.

Em 2011, a América Latina contabilizou uma carência de 139,8 mil profissionais com conhecimento em tecnologias de networking nas organizações. Este número será 35% maior em 2015, chegando aos 296 mil, conforme aponta a pesquisa.

Novas tendências estão aumentando este buraco no mercado de trabalho, afirma o IDC. Computação em nuvem, mobilidade, transmissão de vídeo mobile, entre outras tecnologias, são alguns dos novos mercados em busca de trabalhadores.

Entre as 767 organizações entrevistadas, 87% disseram que vão contratar especialistas com habilidades extras nessa área nos próximos 24 meses.

Para 75% das empresas consultadas, as certificações exercem um papel importante porque atestam o conhecimento dos profissionais em redes.

Para Max Tremp, diretor de Operações Técnicas da Cisco México, a falta de profissionais treinados poderá impactar o desenvolvimento econômico e social na região.

"Se não houver um esforço para resolver essa carência, o setor de TIC terá dificuldade para manter seu crescimento", dispara.

OUTRA DEMANDAS

Também em foco do estudo, outros segmentos da TI também terão aumento da demanda por profissionais.

O setor de segurança, telefonia IP e banda larga, por exemplo, terá um aumento de 44% até 2015, subindo a escassez de funcionários de 76 mil para 129 mil.

No setor de comunicações unificadas, vídeo, computação em nuvem, mobilidade e virtualização, o déficit na força de trabalho chegará a 56%, um aumento de onze pontos percentuais em relação da 2011.