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A FictorPay, fintech com foco em meios de pagamento, sofreu um ataque hacker neste domingo, o que ocasionou um desvio de cerca de R$ 26 milhões.
Segundo o site Platô, foram realizadas ao menos 280 transações por Pix para aproximadamente 270 contas laranja em vários bancos e fintechs.
O Banco Central, ao identificar movimentações atípicas nas contas da instituição, alertou a Celcoin, uma prestadora de serviços da FictorPay que possui ligação com o sistema de Pix.
Segundo a Celcoin, a origem do ataque está em uma brecha encontrada no aplicativo white label de outra empresa contratada pela FictorPay, de nome não divulgado, e, por meio dela, os invasores tiveram acesso às movimentações.
Em uma análise, a Celcoin informou que não houve qualquer invasão ou comprometimento em sua infraestrutura tecnológica ou ambiente transacional e que, assim que identificou as movimentações, bloqueou as operações e avisou o cliente.
Em nota, Ricardo Abdo, CEO da FictorPay, afirmou que a empresa contrata prestadores com nível de excelência no serviço e comprometimento com segurança e que a fintech está realizando apurações internas em sigilo, junto aos fornecedores, e colaborando com as autoridades para o esclarecimento dos fatos.
O ataque à FictorPay é mais um somado às recentes ações de hackers em fornecedores de sistemas ligados ao Pix. No final de agosto, a Sinqia teve R$ 670 milhões desviados, e, dois meses antes, a C&M sofreu um desvio de R$ 800 milhões.
Apesar de os métodos serem diferentes, já que os casos envolvem ataques virtuais e aliciamentos de funcionários, as ações dos criminosos continuam, colocando em xeque as políticas de segurança das empresas e de autoridades como o Banco Central.
Fundada em 2007, a FictorPay é controlada pela holding Fictor, empresa de participações e gestão com foco nos setores da indústria alimentícia, serviços financeiros e infraestrutura.
A fintech oferece serviços financeiros para empresas, como contas, empréstimos, antecipação de recursos e ferramentas de pagamento.
A empresa conta com aproximadamente 4 mil funcionários, faturou R$ 3,5 bilhões em 2024 e espera atingir R$ 5 bilhões em 2025.
Fundada em 2016, a Celcoin oferece infraestrutura de serviços financeiros via APIs, atuando no modelo de Banking-as-a-Service (BaaS): pagamentos, Pix, saques, depósitos, recargas e boletos.