iVirtua reformula para crescer

A iVirtua acaba de realizar uma reformulação nos seus negócios, visando aumentar o faturamento em 207% ao longo de dois anos. A meta representa saltar dos R$ 7,5 milhões obtidos em 2011 para R$ 20 milhões em 2014.

06 de janeiro de 2012 - 16:30
iVirtua reformula para crescer

A iVirtua acaba de realizar uma reformulação nos seus negócios, visando aumentar o faturamento em 207% ao longo de dois anos. A meta representa saltar dos R$ 7,5 milhões obtidos em 2011 para R$ 20 milhões em 2014.

 
Para tanto, a companhia incorporou a Aleste Service, especializada em serviços técnicos de TI, e Aleste Technology, voltada para o desenvolvimento de soluções para pequenas e médias empresas e público doméstico.
 
Ambas empresas foram criadas pelo fundador da iVirtua, Cristian Robert Gallas, durante o período de 3,5 anos nos quais esteve em envolvido em uma disputa judicial pelo controle da companhia com seu sócio Tiago Mabilde.
 
A disputa foi encerrada em outubro de 2011, com Gallas comprando a participação de Mabilde e assumindo o negócio. 
 
O valor não foi revelado: na época, Gallas disse que Mabilde pedia R$ 20 milhões, mas que o acordo ficou entre R$ 1 milhão e de R$ 10 milhões.
 
A disputa passou fatura no crescimento da empresa, que sofreu uma intervenção judicial em 2010 e viu o faturamento cair pela metade, para R$ 6 milhões. Neste ano, com o fim da intervenção judicial e o acordo, a empresa cresceu 25% para R$ 7,5 milhões.
 
Os negócios criados por Gallas, um dos quais desenvolveu módulos extra para o Trauma Zer0, software de controle de TI da iVirtua, seguem independentes, afirma nota da iVirtua, que não revela valores mas fala em “investimentos na ordem de alguns milhões de reais”.
 
As modificações incluem ainda uma troca na diretoria comercial, já adiantada pela reportagem do Baguete Diário em 13 de dezembro. 
 
Sai Leandro Coletti, há sete anos na empresa, e assume Evana Gallas, há mais de quatro anos atua na iVirtua a frente da área de comunicação e marketing. Evana é a esposa de Gallas. 
 
“A ideia é seguir  caminho natural do crescimento deixado pelo Coletti, só que com um novo formato para a área comercial, onde as parcerias de ponta serão determinantes para a oxigenação desta área na empresa, o que vai exigir muito da comunicação e do marketing”, aponta Gallas.
 
O empresário aponta que a meta é permitir além do atendimento tradicional a corporações de grande porte com até 100 mil máquinas, o avanço também para o mercado de pequenas e médias empresas com soluções adaptadas em cloud, assim como produtos específicos para o consumidor final. 
 
O iVirtua Group tem hoje 800 clientes, incluindo Procempa, Magazine Luiza, BRFoods, Ministério Público do Paraná e Eletronorte, entre outros,
 
Aposta no mercado doméstico
Parte do crescimento projetado pela iVirtua para os próximos anos com o lançamento do Whigo,um aplicativo focado no mercado doméstico que monitora computadores e smartphones a distância, com informações detalhadas sobre localização, rotas, SMS, e-mails e ligações.
 
A empresa espera obter com o produto, teoricamente destinado a pais que querem monitorar seus filhos, mas também do agrado de esposas e maridos ciumentos, como admite o próprio Gallas, é alcançar um faturamento entre R$ 300 mil a R$ 400 mil ao mês a partir de março.
 
Os preços começam em R$ 20, para um celular e um computador.
 
Caso a companhia consiga o melhor desempenho possível, o Whigo representaria uma receita adicional em 2012 de R$ 3,6 milhão. 
 
O Whigo é resultado de uma traumática experiência de um sequestro relâmpago sofrido por Gallas. 
 
Em 2010, enquanto os assaltantes o levavam no seu carro, amigos foram avisados de que o veículo saíra de sua rota usual, ajudando a polícia a encontrá-lo. 
 
O aplicativo que estava sendo testado no carro de Gallas, monitorava o veículo e enviava mensagem para telefones pré-programados se o carro saísse do trajeto combinado.