TRANSFERÊNCIAS

Novo golpe com Pix mira em empresas

Estelionatários estão abrindo contas PJ com nomes parecidos aos de fornecedores.

01 de novembro de 2021 - 13:30
Criminosos estão levando até R$ 10 mil das vítimas. Foto: Pexels.

Criminosos estão levando até R$ 10 mil das vítimas. Foto: Pexels.

Um novo novo golpe envolvendo o Pix começou a ser visto com mais intensidade nas últimas semanas: criminosos estão levando até R$ 10 mil de empresas de pequeno porte fingindo ser seus fornecedores.

Segundo a AllowMe, empresa especializada em proteção de identidades digitais e prevenção a fraudes cibernéticas, o golpe do falso fornecedor envolve a abertura de contas de pessoa jurídica em bancos digitais em nome de empresas falsas.

Os nomes dessas companhias têm grafias similares a corporações já conhecidas, geralmente com uma letra trocada ou duplicada. Com a conta aberta, os criminosos entram em contato com a empresa que será vítima do golpe. 

Eles, então, se passam por fornecedores daquela corporação, informam que houve uma alteração nos processos de pagamentos via Pix e solicitam uma transferência de confirmação ou de teste. 

"Os fraudadores podem ter acesso à lista de fornecedores de várias maneiras: por vazamento de dados na internet, por informações internas ou até mesmo entrando no site da empresa e vendo um selo no rodapé da página. Há casos em que os criminosos solicitam no contato o valor exato da fatura do contrato entre as empresas", explica Ranier Aquino, analista de segurança da informação do AllowMe.

O foco deste tipo de golpe seria empresas com processos menos rígidos de pagamento de fornecedores e com menos camadas de aprovação.

Além disso, é necessária uma dose de desatenção por parte das pessoas encarregadas de realizarem as transferências, uma vez que o Pix exibe uma tela de confirmação com nome da empresa destinatária, CNPJ e banco.

Essa não é a primeira vez que os brasileiros utilizam o Pix para golpes. Em julho deste ano, viralizou no TikTok um possível esquema de pirâmide com o uso do método de pagamento. 

De acordo com o site Poder360, a tática consiste na criação de um grupo, normalmente no aplicativo WhatsApp, em que pessoas possam recrutar outros membros ao compartilhá-lo com amigos, conhecidos e seguidores nas redes sociais.

Cada um desses novos participantes têm de transferir uma quantia em dinheiro para seu anfitrião, entre R$ 1 e R$ 5. Depois disso, a pessoa é promovida a “administrador“, podendo repetir o processo com seus amigos e conhecidos.

Quando a capacidade de membros chega ao seu limite, um novo grupo pode ser criado para dar sequência ao esquema.