PRATOS

RS Solutions compra Colibri

Movimento cria um player de peso no mercado de software para restaurantes.

11 de setembro de 2025 - 04:34
Mercado de restaurantes anda muito agitado. Foto: Depositphotos.

Mercado de restaurantes anda muito agitado. Foto: Depositphotos.

A Colibri, dona de um dos softwares de gestão mais tradicionais do setor de bares e restaurantes no Brasil, acaba de ser comprada pela RS Solutions, uma outra grande empresa do setor no Brasil, em um negócio de R$ 100 milhões.

Tudo isso segundo a Bloomberg Linea, que ouviu fontes próximas do negócio. Procuradas, as empresas não se manifestaram.

A Colibri tinha sido comprada pela NCR, multinacional americana conhecida como fornecedora de caixas eletrônicos, ainda em 2012.

Com 40 anos de mercado, o Colibri atende mais de 15 mil restaurantes no Brasil, incluindo casas de alto padrão e premiadas com estrelas Michelin, como o Tuju, e o Figueira Rubaiyat, em São Paulo.

Segundo as fontes da Bloomberg, o sistema processa em torno de R$ 28 bilhões em transações anualmente. 

Assim como a Colibri, a RS Solutions também é uma empresa tradicional, com 25 anos de mercado, mas tem um perfil diferente, focado em software de gestão para clientes com um perfil mais ligado a redes de fast-food como Habib’s, Montana Grill, Havanna, Griletto e Croasonho. 

A plataforma da Colibri cobre todos os módulos de gerenciamento, das mesas aos pedidos, passando por estoques, relatórios financeiros e integração com plataformas de entrega.

A integração com plataformas de entrega deve ser um dos pontos chave por trás do movimento da RS, porque muita coisa está acontecendo nesse campo no momento. 

O iFood adquiriu recentemente quatro softwares de gestão de restaurantes, como divulgado anteriormente pela Bloomberg Línea. 

As movimentações do iFood por sua vez acontecem no meio da chegada de novos concorrentes como a 99Food ao segmento e a Keeta, da chinesa Meituan.

A NCR tinha comprado a Colibri em meio a uma estratégia de diversificação, mas desde então a maré mudou. 

Em 2023, a gigante optou por uma separação entre os negócios financeiros e os produtos de varejo e restaurantes, em meio a queda no faturamento.