Software da Hiper foca em pequenos negócios. Foto: flickr.com/photos/agostinozamboni/
A Linx pode pagar até R$ 50 milhões pela Hiper, uma startup de soluções de gestão na nuvem para micro e pequenos varejistas sediada na pequena Brusque, uma cidade de 125 mil habitantes no norte de Santa Catarina.
Como a Linx costuma fazer, o valor será dividido entre R$ 17,7 milhões à vista, mais até R$ 32,3 milhões entre 2019 e 2021, condicionados ao cumprimento de metas.
Em nota, a Linx explicou que os objetivos estão ligados à penetração na base de clientes da Hiper das soluções de TEF e Linx Pay, as apostas da gigante de software de gestão para o varejo para ingressar no nicho de pagamentos.
“O racional é aumentar ainda mais o mercado endereçável de Linx Pay Hub com uma proposta de valor diferenciada através da combinação das soluções de meios de pagamento com um software de gestão em nuvem para micro e pequenos varejistas”, afirma a Linx em nota.
O que a empresa quis dizer com essa frase é que a justificação da compra da Hiper é fazer uma venda conjunta do sistema de pagamentos com software de gestão, uma técnica manjada tanto por operadores de pagamento como por fornecedores de sistema de gestão.
Fundada em 2012, a Hiper tem 15 mil clientes ativos em 2 mil municípios e mais de 600 canais de distribuição. O faturamento bruto da Hiper esperado para 2019 é de R$ 13 milhões.
Os fundadores Tiago Vailati, Marinho Silva e Marcos Fischer respectivamente CEO, COO e CCO da empresa, são três ex-funcionários da TI da Havan, onde trabalharam por cerca de uma década, antes da companhia se tornar famosa pelas peripécias políticas do dono, Luciano Hang.
A empresa recebeu em 2016 um investimento de R$ 4 milhões vindo dos fundos CVentures Primus, gerido pela CVentures em conjunto com a CRP Companhia de Participações, e a M3 Investimentos, organização de investimento de Marcel Malczewski, fundador da Bematech (outra empresa com forte presença em pagamentos).