A onda do momento é ter a conta bancária no celular.
O Grupo Cosan, um grande grupo empresarial com negócios nas áreas de energia, logística, infraestrutura e gestão de propriedades agrícola, acaba de lançar uma fintech em parceria com do grupo Manzat, do empresário gaúcho Ernesto Corrêa.
Segundo revela o Brazil Journal, o Payly será uma carteira virtual que permite pagamentos por meio de QR Code e transferências via celular.
Até aí, nada demais. Existem meia dúzia de outras fintechs no país com esse modelo de negócio no momento. O interessante é o tipo de sinergias entre as empresas da Cosan e da Manzat, e como elas podem cacifar o negócio.
Corrêa, que tem 25% da Payly, bancou a fundação e o crescimento da GetNet, uma das primeiras empresas a desafiar o duopólio da Visa e Mastercard em adquirência de cartões, vendida por R$ 1 bilhão para o Santander.
Hoje, ele é dono do Banco Topázio, a financeira que fará a retaguarda bancária do negócio da Payly, e da Saque e Pague, uma rede de caixas eletrônicos independentes com 1,5 mil ATMs espalhados pelo país.
A Cosan, por sua parte, tem os clientes e fornecedores que podem render a massa crítica inicial do negócio.
Ao todo, mais de 20 milhões de clientes são atendidos diariamente pelas empresas do conglomerado: os postos Shell (nos quais a Cosan é sócia por meio da Raízen), a Comgás, a Rumo e a Moove, de lubrificantes.