Sonda decidiu mexer no seu time no Brasil. Foto: Pexels.
A operação brasileira da Sonda fez uma grande alteração no ano passado, na qual saíram da empresa uma vice-presidente e seis diretores da área comercial.
A vice-presidente é Viviane Ricci, uma executiva de peso dentro da organização. Ricci era VP há sete anos e tem origem na CTIS, onde era CEO.
A CTIS, uma empresa com grande presença no setor público, foi comprada pela Sonda em 2014 por R$ 485 milhões, no maior negócio já fechado pelos chilenos no Brasil.
Além de Ricci, saíram da Sonda dois diretores cuja carreira começou na CTIS: Alexandre Repinaldo, diretor comercial para Norte e Nordeste e Stela Terra, diretora comercial para Rio de Janeiro e Sul do país.
Tanto Repinaldo como Terra tem mais de 20 anos de carreira, entre a CTIS e a Sonda.
O resto da lista se divide em dois grupos. Profissionais com algum tempo de casa e contratações mais recentes.
O primeiro grupo inclui nomes como José Camargo, diretor de vendas, com seis anos de casa e Bruno Akio Iwaki, diretor de pré-vendas e soluções, com 13, também saíram. Ambos atuaram pelo menos em parte dentro da área de telecomunicações da Sonda, oriunda da compra da Telsinc.
Das contratações mais recentes, saíram Pamina Jardini e Mauro Borges Guaraciaba, dois diretores executivos com dois anos de casa, e carreira em grandes multinacionais da área de serviços de TI.
Quão representativo é o corte dentro do organograma da Sonda, qual é a nova estrutura e as intenções estratégicas com a mudança? Difícil saber. A Sonda preferiu não comentar sobre o assunto, apesar da insistência da reportagem do Baguete ao longo da última semana.
De acordo com fontes com conhecimento do tema ouvidas pelo Baguete, a mudança partiu do novo CEO da Sonda, Ricardo Scheffer.
Scheffer, um prata de casa que fez carreira na Sonda nos últimos 20 anos, assumiu o comando em agosto de 2021.
Ele substituiu Affonso Nina, um executivo de mercado trazido em 2017 para recolocar a Sonda no rumo no país.
Ao longo dos anos de Nina na Sonda, a empresa fez alterações na sua estrutura no Brasil, na prática consolidando as diferentes aquisições ao longo dos anos nas mãos do CEO.
De certa forma, Scheffer parece ter levado a agenda de Nina um passo adiante, como no caso da saída de Ricci e dos diretores ligados à CTIS.
Scheffer teria um relacionamento próximo com José Orlandini, executivo chileno com 34 anos de Sonda que assumiu o comando da empresa em abril de 2020, e carta branca para uma agenda de mudanças radicais.
De acordo com as fontes ouvidas pelo Baguete, a intenção de Scheffer é enxugar a estrutura e aumentar a rentabilidade, especialmente no caso da CTIS, que aportaria muito do faturamento atual.
O Brasil parece estar em um momento de redefinição do seu papel dentro da Sonda.