ADIÓS

Addi encerra operação no Brasil

Concorrente Pagaleve aproveitou o momento para dizer que está firme e forte.

19 de junho de 2023 - 12:39
Santiago Suárez, CEO e cofundador da Addi. Foto: Divulgação

Santiago Suárez, CEO e cofundador da Addi. Foto: Divulgação

A Addi, empresa colombiana especializada em buy now, pay later (BNPL), encerrou a sua operação no Brasil na última semana.

"O Brasil foi uma experiência maravilhosa que nos deixa muitos aprendizados, só temos gratidão e esperamos voltar em algum momento”, afirma Santiago Suárez, CEO e cofundador da Addi, em entrevista à Forbes Colômbia.

Suárez não detalhou o porquê da saída do país, mas disse que o foco de investimento da empresa agora será na Colômbia, onde pretende atingir o ponto de equilíbrio (breakeven, no jargão em inglês) no ano que vem.

Conforme a Forbes, a fintech deve injetar pouco mais de US$ 7 milhões na Addi Colômbia em 2023, com a expectativa de fechar o ano com 2,5 milhões de clientes, US$ 2 trilhões em colocações e mais de 20 mil companhias parceiras.

Hoje a colombiana tem mais de 1,7 milhão de clientes, mais de 10 mil transações diárias e mais de 5 mil negócios parceiros.

“Estamos vivos e no melhor momento, com as relações que temos com as empresas e atendendo a um grande segmento da população colombiana”, garante Suárez.

A Addi estava no Brasil desde 2021, quando levantou mais de R$ 390 milhões em uma rodada série B para acelerar a operação local, que era prioridade nos seus planos de crescimento.

Na época, o aporte foi liderado pela Greycroft e teve participação dos novos fundos GGV Capital, Citius Capital e Intersection, além de antigos investidores da empresa.

A operação brasileira tinha mais de 40 funcionários e, segundo o relato de uma fonte em condição de anonimato ao Finsiders, "só ficou quem tinha algum envolvimento com a operação na Colômbia". 

Até o fechamento, mais de 750 lojas locais ofereciam o sistema de Pix parcelado da Addi, que foi utilizado por mais de 500 mil pessoas.

CONCORRÊNCIA

Com o fim da operação brasileira da Addi, a concorrente Pagaleve aproveitou o momento para soltar uma nota à imprensa dizendo que está firme e forte.

"A Pagaleve, um dos principais players de Pix Parcelado do Brasil, reafirma sua sólida posição no mercado e compromisso com o setor de Buy Now, Pay Later (BNPL) no país, mesmo diante do encerramento das operações de sua concorrente colombiana Addi", diz a nota da empresa.

Segundo o comunicado, a Pagaleve captou R$ 130 milhões em uma rodada série A em agosto de 2022, liderada pela Salesforce Ventures e com participação do Banco do Brasil.

Atualmente, a empresa possui uma lista de 2 mil marcas que oferecem seu sistema Pix parcelado.