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Funcionários teriam sido subornados para realizar operação (Foto: Depositphotos)
A Amazon, gigante de e-commerce norte-americana, apresentou ao Tribunal Distrital dos Estados Unidos, em Seattle, na última semana, uma ação judicial em que acusa o grupo Rekk, que supostamente atua em um setor clandestino de reembolsos fraudulentos, de ter causado um prejuízo de mais de US$ 500 mil em devoluções falsas à companhia.
O Globo aponta que o Rekk atua mundialmente junto a consumidores que participam conscientemente do esquema para obter produtos caros de forma gratuita, ao solicitar reembolsos sem, de fato, devolver a compra.
Segundo a Amazon, o grupo agiu entre junho de 2022 e maio deste ano, quando mais de uma dúzia de reembolsos foram emitidos para itens como laptops, consoles de videogame e até mesmo uma moeda de ouro 24 quilates, em uma “conspiração” que envolveu também ex-funcionários da Amazon.
Ao todo, mais de 20 réus foram nomeados na ação, juntamente a mais 20 pessoas não identificadas.
Desse total, sabe-se que, ao menos sete funcionários aceitaram milhares de dólares como suborno para efetuar os reembolsos.
O processo ainda aponta que o grupo atendia clientes por meio de redes sociais como o Reddit e o Telegram perante um pagamento.
Para que a dinâmica tivesse sucesso, a Amazon aponta que, supostamente, o Rekk se fez passar por clientes, usou estratégias de phishing para obter credenciais, manipulou sistemas por meio de acesso não autorizado e subornou funcionários.
Apesar da denúncia, não se sabe se há uma investigação policial sobre o caso em andamento.
Criada em 1994, a Amazon possui sede em Seattle, nos Estados Unidos, e tem negócios de e-commerce, computação em nuvem, streaming e inteligência artificial. Em 2022, a big tech registrou receita de US$ 514 bilhões, frente aos US$ 470 bilhões do ano anterior.
Júlia Facca
Repórter no Baguete Diário