Crise: contratações congeladas

Uma pesquisa realizada pela Watson Wyatt apontou que 44% dos departamentos de Recursos Humanos da América Latina já congelaram suas contratações, medida que deve ser seguida por outros 40% nos próximos 12 meses.

Foram ouvidos 245 executivos de RH que atuam em diversos países da região, 52% dos quais atuam em empresas de porte global.
07 de janeiro de 2009 - 11:06
Uma pesquisa realizada pela Watson Wyatt apontou que 44% dos departamentos de Recursos Humanos da América Latina já congelaram suas contratações, medida que deve ser seguida por outros 40% nos próximos 12 meses.

Foram ouvidos 245 executivos de RH que atuam em diversos países da região, 52% dos quais atuam em empresas de porte global.

Do total, 75% informaram que algumas ações já foram implementadas buscando a prevenção de possíveis impactos negativos a curto e médio prazos - 43% seguiram uma decisão global, 39% adotaram determinações locais (país) e 18% em toda a região (América Latina).

Os processos de RH que os participantes estimam serem mais afetados são "recrutamento e seleção" (34%) e "remuneração" (33%). Já os menos abalados, são "avaliação de desempenho" (16%) e "planos de sucessão" (17%).

Dentre os benefícios mencionados para serem revistos, as políticas de assistência médica e automóvel foram as mais comentadas. Quanto aos treinamentos que poderiam ser reduzidos, os mais citados foram os externos e os gerais voltados para áreas administrativas.

Outro ponto abordado no estudo foi o orçamento destinado à área de RH para os próximos 12 meses. Mais da metade (59%) dos entrevistados pretende manter o mesmo orçamento, enquanto 35% planejam diminuir (média de 15%) e somente 6% querem aumentar (média 12,7% do orçamento).

Já no item "retenção de pessoas", 41% responderam que pretendem tomar alguma medida através de ações voltadas para planos de carreira e desenvolvimento, aumentos salariais e programas de mérito, além de revisão e melhor comunicação do pacote de remuneração.

Apesar do atual grau de incerteza, 58% dos participantes consideram que não aumentará a oferta de mão-de-obra no mercado, mas 73% acreditam que a crise afetará os reajustes salariais.

Em relação ao clima organizacional, quase metade dos entrevistados prevê que ele não seja influenciado pelo cenário econômico, enquanto 39% acreditam que o mesmo será atingido negativamente e apenas 13% positivamente.