
Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul (Foto: Divulgação)
A Invest RS, agência de desenvolvimento do Rio Grande do Sul, mapeou R$ 7 bilhões em novos investimentos no estado, considerando mais de 50 projetos em setores como semicondutores, energia verde, venture capital, parques tecnológicos e formação de talentos.
Segundo o governo estadual, metade das fábricas de semicondutores do Brasil já está no RS e o número deve crescer.
A Tellescom, conglomerado de empresas brasileiras com foco em tecnologia, manufatura e soluções digitais, confirmou a instalação de quatro novas fábricas de encapsulamento de chips em Cachoeirinha, na região metropolitana de Porto Alegre, com investimento estimado em R$ 1 bilhão até 2029 e geração de cerca de mil empregos diretos.
Já a Chipus Microeletrônica, especializada em design de chips e soluções customizadas de microeletrônica, avança com um plano de expansão de R$ 250 milhões em cinco anos para criação de um centro de pesquisa e desenvolvimento no estado.
No campo da energia e sustentabilidade, a BeGreen, conhecida por ser pioneira na criação e operação de fazendas urbanas, está implantando três plantas de amônia verde nas cidades de Passo Fundo, Condor e Tio Hugo, com investimento estimado em R$ 150 milhões.
Outro case destacado pelo governo é o Aero Centro Integrado de Tecnologia e Inovação, projeto da Aeromot na cidade de Guaíba que prevê R$ 500 milhões na primeira fase e um investimento total superior a R$ 3 bilhões nas etapas seguintes.
O complexo integrará infraestrutura aeroindustrial, hub de inovação e centro de P&D aeronáutico.
No segmento de capital de risco, o estado destaca fundos e gestoras com foco no Sul, como o Quartzo VC6, fundo de US$ 100 milhões voltado a deeptechs, resultado da fusão entre TM3 Capital e Invisto.
Além disso, instituições financeiras de fomento como o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e Banco de Desenvolvimento do Estado do Rio Grande do Sul (Badesul) estruturaram novos Fundos de Investimento em Participações (FIPs) que devem destinar R$ 70 milhões a startups gaúchas até 2026.
O BRDE também prepara um novo ciclo de aportes, de até R$ 50 milhões, em quatro fundos voltados à inovação previstos para 2025 e 2026.
Já a Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (SICT-RS) diz consolidar o maior pacote integrado de fomento à inovação do país, com R$ 258 milhões distribuídos em programas como RS Talentos, Professor do Amanhã e Doutor Empreendedor, voltados à formação de profissionais e apoio a startups e parques tecnológicos.
Os parques científicos e tecnológicos do estado hoje somam 300 mil m² em áreas disponíveis para instalação de empresas em 20 polos de inovação.
Entre as iniciativas complementares, o Fundo Amanhã, endowment da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), projeta nova meta de captação de R$ 5,1 milhões até 2027, ampliando o apoio a programas de bolsas e pesquisa.
“O Rio Grande do Sul se consolida como espelho do que o Brasil precisa fazer: alinhar academia, setor produtivo e investimento de impacto. Nosso ecossistema de inovação vive um momento de maturidade e expansão, e este portfólio mostra como estamos transformando potencial em realidade”, Eduardo Leite, Governador do RS.
Com escritório em São Paulo, na Faria Lima, a Invest RS foi criada em 2016 para atrair investimentos, apoiar exportadores e ampliar a presença do estado no cenário nacional e internacional.
Com 580 projetos em andamento, que somam mais de R$ 20 bilhões em investimentos previstos e mais de 9,6 mil empregos diretos, atua como hub de conexão entre empresas, investidores e governo, promovendo o estado como pólo competitivo em inovação, energia limpa, indústria e agronegócio.
O foco é em setores como semicondutores, transição energética, biocombustíveis, papel e celulose, máquinas agrícolas, turismo e tecnologia.