
O FMI revisou a previsão para a economia brasileira em 2015. Foto: mikeledray/Shutterstock.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou sua previsão para o desempenho da economia brasileira em 2015. Os técnicos agora preveem uma retração de 3%, o dobro da estimativa anterior.
Para 2016, as previsões também são negativas. No último relatório, o FMI apontava que o Brasil cresceria 0,7%. No entanto, o boletim atualizado acredita em uma queda de 1,7%.
Essa não é a primeira vez que o fundo reduz suas expectativas para o crescimento do país. No relatório de abril, a previsão era de queda de 1% do PIB brasileiro em 2015 e de alta de 1%, em 2016. No relatório de janeiro, o FMI estimava que a economia avançaria 0,3% em 2015 e 1,5%, em 2016.
“No Brasil, a confiança dos empresários e dos consumidores continua a recuar, em grande parte por causa da deterioração das condições políticas, e os investimentos estão caindo rapidamente”, disse o FMI.
A organização prevê que a inflação no Brasil chegue a 8,9%, acima do teto de tolerância do Banco Central, de 6,5%.
As perspectivas também são desfavoráveis para a América Latina como um todo. Neste ano, a economia do bloco deverá recuar 0,3% e no próximo, deverá crescer 0,8%.
O grupo dos países emergentes e em desenvolvimento também viu a estimativa do FMI recuar. Ainda assim, os números não são negativos. Para este ano é previsto um avanço de 4%, e para 2016, de 4,5%.
Diante da redução da expectativa de crescimento de grande parte dos países, as previsões de avanço da economia mundial também foram reduzidas para 3,1% e 3,6%.
"Esses números agregados refletem destinos diferentes entre as economias avançadas e as em desenvolvimento. Para as economias avançadas nós projetamos uma aceleração moderada do crescimento este ano frente ao ano passado, especialmente nos Estados Unidos e na zona do euro”, completa Obstfeld.