
Parte do gasoduto Bolívia-Brasil administrada pela TBG. Foto: divulgação TBG.
A Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG), responsável pelo transporte do gás natural proveniente da Bolívia ao longo dos 2.593 quilômetros quea via de transporte de gás ocupa em território brasileiro, adquiriu soluções da Microsoft para garantir a segurança de seus sistemas.
Conforme Edson Feitosa, gerente de TI da TBG, as máquinas da rede de automação da TBG não possuíam antivírus e todo o processo era feito manualmente.
A operação do gasoduto no país é realizada remotamente pela CSC (Central de Supervisão e Controle), localizada no Rio de Janeiro, de forma ininterrupta por meio do sistema Scada (Supervisão, Controle e Aquisição de Dados), que transmite as informações e comandos entre a CSC e as estações no campo.
A extensão e criticidade da operação exigiu que, em 2012, a empresa adotasse uma solução de controle central dos computadores. Foi quando aderiu ao Microsoft System Center.
“Decidimos adotar o projeto de cyber security, por meio da utilização das tecnologias Microsoft nas máquinas da rede de automação. Aumentamos a segurança e reduzimos custos operacionais”, explica Feitosa.
A solução também definiu uma nova política de acessos para os equipamentos da TBG, por meio do controle de senhas.
Se antes todo o controle era descentralizado e cada atividade tinha de ser realizada diretamente no computador do local, o que aumentava a vulnerabilidade na rede de automação, hoje as atividades são realizadas em um ambiente centralizado e replicadas para os computadores das localidades remotas.
Nicolau Assumpção Branco, consultor da TBG, também explica que, antes, as portas USB ficavam bloqueadas para inibir a transferência de arquivos e a instalação de programas nas máquinas, o que oferecia riscos ao funcionamento do sistema.
Os computadores também não possuíam antivírus instalados devido à desconfiança da possibilidade de interferência nos processos de supervisão e controle durante a operação do gasoduto.
“Analisamos o processo de automação da rede e concluimos que precisávamos encontrar uma solução que suportasse toda a operação do gasoduto de maneira remota, sem impactar na produção”, conta Branco.
No projeto, a solução MS que resolveu o problema foi implantada pela Lógica Tecnologia.
A empresa, parceira da Microsoft, implantou primeiro as soluções em ambiente de laboratório, para testar o funcionamento. Depois, a implantação ganhou escala de produção, primeiramente na CSC de Emergência e, posteriormente, na CSC principal.
Depois, vieram as estações remotas do gasoduto.
“A compatibilidade do sistema In Touch, já utilizado pela TBG, com o Active Directory foi fundamental para a boa reação do antivírus em todo processo”, finaliza Branco.
O GASODUTO
Via de transporte de gás natural entre a Bolívia e o Brasil, o gasoduto foi construído entre 1997 e 2010, e consumiu investimento de US$ 1,6 bilhão na operação brasileira e US$ 400 milhões na boliviana.
O gasoduto começa em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, e termina na cidade gaúcha de Canoas, atravessando também os estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná e Santa Catarina, passando por cerca de quatro mil propriedades em 135 municípios.