Gilsinei Hansen. Foto: Divulgação.
A Zenvia contratou Gilsinei Hansen, um veterano da área de software de gestão, para o cargo de Chief Revenue Officer (CRO).
Hansen estava até recentemente na Linx, a maior empresa de software de gestão para o varejo do país, atuando na função de senior advisor.
Hansen era vice-presidente da Linx quando a empresa foi comprada pela Stone, um negócio bilionário fechado em 2020. Depois, passou para o cargo de COO, ainda na Linx, e depois dentro da nova divisão de software da Stone.
O profissional foi contratado pela Linx em 2016, vindo da Totvs, outra gigante de sistemas de gestão (que, curiosamente, disputou taco a taco com a Stone a compra da Linx).
Na Totvs, Hansen foi vice-presidente de Sistemas e Segmentos, entre outros cargos.
Hansen entrou na Totvs por meio da Datasul, outro nome relevante no mercado de ERP, alvo de uma compra da Totvs que marcou época lá em 2008.
No total, a experiência de Hansen inclui vendas, marketing, P&D, sucesso do cliente, M&A, e alianças.
A experiência de passar por tantas compras e vendas, deve ajudar Hansen na Zenvia, onde a meta é fortalecer a oferta integrada da empresa e impulsionar seu crescimento.
"É uma honra assumir este desafio na Zenvia. Minha missão é garantir que continuemos a expandir nossa atuação no mercado nacional e internacional, habilitando cada vez mais empresas a criarem experiências pessoais, envolventes e fluidas para seus consumidores por meio de nossa tecnologia", diz o novo CRO.
Nos últimos tempos, a Zenvia empilhou compras, visando criar uma plataforma completa de comunicação e serviços móveis, batizada de Zenvia Customer Cloud.
A maior tacada foi a Movidesk, uma companhia catarinense que oferece soluções de help desk e service desk como serviço, cuja aquisição foi anunciada em 2022.
Só esse negócio pode ter custado para a Zenvia até R$ 611 milhões, dependendo do cumprimento de metas estabelecidas para o ano passado.
No finalzinho de 2021 a Zenvia fechou contrato para adotar o S/4 Hana, sistema de gestão na nuvem da SAP, além da solução de gestão de recursos humanos SuccessFactors, também da multinacional alemã.
Todo esse agito foi embalado por uma captação de US$ 200 milhões na bolsa americana de tecnologia Nasdaq, algo para poucos no Brasil até hoje.
No meio tempo, porém, a Zenvia não fez novas aquisições e se tornou um pouco mais discreta ao falar de números, um sinal talvez de que a companhia esteja enfrentando algumas “dores de crescimento”.
A última divulgação de receitas foi em 2022, quando a empresa teve uma receita líquida de R$ 756,7 milhões, uma alta de 23,6% frente a 2021.O ritmo da Zenvia diminuiu: a empresa havia crescido 42% em 2021.
Um nome como Hansen tem toda a cara de ser uma aposta em arrumar a casa.
Maurício Renner
Editor at Baguete Diário