
A empresa farmacêutica britânica GlaxoSmithKline PLC abriu, recentemente, os modelos de 13,5 mil componentes químicos de seus remédios.
Segundo a empresa, o compartilhamento de informações e a pesquisa em conjunto com outras empresas do ramo poderão acelerar a descoberta de uma droga para o tratamento da malária.
“Outros pesquisadores podem ver essas estruturas de uma outra maneira e encontrar algo diferente do que nós encontramos", declarou Nick Cammack, diretor do centro de desenvolvimento de remédios da Glaxo, ao Wall Street Journal.
O jornal classifica a iniciativa como uma das mais importantes já feitas pela indústria farmacêutica.
A Glaxo afirma que não pretende patentear qualquer remédio contra a malária que possa ser descoberto a partir desses componentes, e espera que outros pesquisadores doem sua propriedade intelectual para um pool de patentes voltado a doenças negligenciadas como a malária.
Como funciona
Os dados da Glaxo serão disponibilizados por três sites, dois dos quais financiados por governos (um nos Estados Unidos e outro na Europa). O terceiro é de uma empresa do Vale do Silício chamada Collaborative Drug Discovery (CDD).
A CDD combinará elementos de uma rede social própria com um banco de dados. Qualquer pesquisador que se registre no site da CDD vai ser capaz de ver uma representação gráfica dos componentes da Glaxo, assim como dados químicos e biológicos. O banco de dados vai permitir que eles carreguem suas próprias informações, que poderão ser vistas por outros pesquisadores.
O serviço é gratuito, informa o jornal.